quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Bancários de Campos fazem manifestação no Centro da cidade

Entre as reivindicações está o aumento do horário de atendimento

Funcionários dos bancos campitas fizeram uma manifestação nesta quarta-feira (21/09) no Centro da cidade. Eles saíram da Praça do Santíssimo Salvador e seguiram até a Pelinca para anunciar a paralisação geral que acontece no dia 27 de setembro, próxima terça-feira. Acompanhados por uma banda musical, o protesto deixou o trânsito complicado nas ruas do Centro. Grevistas dos Correios também participaram da manifestação.

De acordo com o presidente do sindicato de Campos, Rafanele Pereira, está marcada para esta quinta-feira (22/09) às 19h uma assembléia com a categoria, quando eles vão rejeitar a proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Febraban).

“O Comando Nacional dos Bancários considerou insuficiente a proposta apresentada pela Fenaban na quarta rodada de negociação nesta terça-feira (20/09), em São Paulo, e decidiu orientar os sindicatos de todo o país a realizarem assembléias nesta quinta-feira (22/09) para rejeitar a proposta e deflagrar greve nacional a partir da próxima terça-feira (27/09).

Uma nova negociação foi agendada com a Fenaban para sexta-feira (23/09), a fim de continuar as discussões. Na segunda-feira (26/09), novas assembléias deverão ser realizadas para definir os rumos do movimento e se não houver propostas decentes dos bancos, a greve acontecerá sim no dia 27. Esta passeata tem dois objetivos. Convocar e mobilizar a categoria para a assembléia e informar toda a população sobre nossa luta e a real possibilidade de greve”, disse.

REIVINDICAÇÕES
O Presidente do sindicato explicou que as reivindicações também serão importantes para os clientes, que podem ter mais tempo para suas operações bancárias e um melhor atendimento.

“Entre as reivindicações está o aumento do horário de atendimento, passado para o período entre 9h e 17h, o que certamente melhoraria o atendimento ao cliente, e também pode gerar mais empregos, já que teríamos que fazer dois turnos de seis horas. Hoje o nós trabalhamos em um único período de seis horas”, explicou.

Veja as principais reivindicações da categoria:

REMUNERAÇÃO
- Reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%).
- Piso igual ao salário mínimo do Dieese: R$ 2.297,51 (em junho).
- PLR: três salários mais R$ 4.500.
- Plano de Cargos e Salários (PCS) em todos os bancos.
- Gratificação semestral de 1,5 salário para todos os bancários.
- Contratação da remuneração total dos bancários.
- Vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá iguais ao salário mínimo (R$ 545).
- Auxílio-educação para todos os bancários.
- Previdência complementar para todos os bancários.

EMPREGO
- Garantia de emprego;
- Proteção contra a dispensa imotivada, combatendo a rotatividade.
- Contratação de mais bancários;
- Fim das terceirizações.
- Jornada de trabalho de seis horas para todos os bancários.
- Ampliação do horário de atendimento para das 9h às 17h com dois turnos de trabalho;
- Tempo de até 15 minutos de espera nas filas nos dias normais;
- Abono assiduidade de cinco dias por ano.

IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
- Igualdade na contratação, remuneração e ascensão profissional.
- Realização de um novo censo para avaliar os resultados dos programas implantados pelos bancos para combater a discriminação.
- Prorrogação automática da licença-maternidade de quatro para seis meses, sem necessidade de solicitação por parte da bancária.
- Condições de acessibilidade nas agências tanto para bancários como para clientes com deficiências.

SAÚDE DO TRABALHADOR
- Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral.
- Participação dos trabalhadores na fixação das metas, que devem levar em consideração o tamanho, a localização e o perfil econômico das dependências, e não podem ser individuais.
- Fim da divulgação de rankings individuais sobre cumprimentos de metas.
- Suspensão do trabalho em espaços físicos em reforma.
- Manutenção do salário e demais direitos no período de afastamento por problemas de saúde.

SEGURANÇA BANCÁRIA
- Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, seqüestros e extorsões.
- Emissão da CAT para quem esteve no local de assaltos e sequestros.
- Fechamento das agências após assaltos, consumados ou não.
- Porta de segurança, câmeras com monitoramento em tempo real e vidros blindados em todas as agências e postos.
- Biombos entre a fila de espera e os caixas e divisórias individualizadas entre os caixas internos e os eletrônicos para combater "saidinha de banco".
- Proibição ao transporte de valores e à guarda das chaves das unidades pelos bancários.
- Adicional de 30% de risco de morte para agências, postos e tesouraria.

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