quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Caixa efetua pagamento da segunda parte da PLR nesta quinta

Nesta quinta-feira, dia 1º de março, a Caixa Econômica Federal efetua o pagamento da segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) a todos os seus empregados. Em 2011, por exemplo, a empresa obteve lucro líquido de R$ 5,2 bilhões, 37,7% maior do que o resultado do ano anterior.

Os empregados da Caixa vão receber o restante da regra básica da PLR, cujo valor total corresponde a 90% do salário mais R$ 1.400, limitado a R$ 7.827,29. Do pagamento da regra básica, será descontada a antecipação da primeira parte feita em 2011, equivalente a 54% do salário mais R$ 840, com teto de R$ 4.696,37.

Cada empregado deve receber o restante da parcela adicional da PLR, cujo valor total é calculado com base na distribuição linear de 2% do lucro líquido de 2011 entre todos os empregados, com teto de R$ 2.800. Esse valor é pago sem desconto nos programas próprios de remuneração variável. Do pagamento da parcela adicional será deduzida a antecipação feita em 2011, limitada a R$ 1.400.

PLR Social

Como conquista da campanha nacional,os empregados da Caixa recebem ainda a PLR Social, que corresponde à distribuição linear de 4% do lucro líquido do exercício de 2011. Haverá dedução do valor já antecipado, que foi calculado com base em 4% do lucro líquido obtido no primeiro semestre do ano passado.


Fonte: Contraf-CUT com Fenae

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

STJ discute incidência de INSS sobre férias e auxílio-maternidade

O salário-maternidade e as férias do trabalhador não estão sujeitos à contribuição previdenciária. A decisão é da 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e contraria a jurisprudência até então predominante na Corte. Há pelo menos 13 anos, segundo advogados, os ministros vinham decidindo de forma desfavorável aos contribuintes.

Agora, o tema voltará à pauta da 1ª Seção, responsável por uniformizar o entendimento em questões tributárias e administrativas. "A relevância da matéria exige a reabertura da discussão perante a 1ª Seção", afirma o relator do caso, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, na decisão.

Ao analisar um recurso da rede varejista Ponto Frio que discutia a incidência da contribuição previdenciária sobre essas verbas, o ministro entendeu que o salário-maternidade e as férias não são remunerações, uma vez que não há efetivamente a prestação de serviço pelo empregado. Para Maia Filho, essas verbas devem ser caracterizadas como uma compensação ou indenização com o objetivo de proteger e auxiliar o trabalhador.

"Da mesma forma que só se obtém o direito a um benefício previdenciário mediante a prévia contribuição, a contribuição também só se justifica ante a perspectiva da sua retribuição em forma de benefício", diz o ministro no acórdão.

A exclusão dessas verbas da base de cálculo da contribuição geraria um desconto de cerca de 12% sobre a folha mensal de salários da rede varejista, segundo o advogado Nelson Wilians Fratoni Rodrigues, que a representa na ação. "Só as férias representam dez pontos percentuais. É o grande atrativo dessa decisão", afirma.

O caso, agora, volta à 1ª Seção do STJ, formada pelas 1ª e 2ª Turmas. Advogados avaliam, entretanto, que os ministros poderão manter o entendimento até então predominante de que o salário-maternidade e as férias compõem a base de cálculo da contribuição por serem considerados remunerações.

"Muito provavelmente o STJ deverá seguir sua sequência lógica de decisões", diz Guilherme Romano Neto, Décio Freire & Associados, acrescentando que entendimentos flutuantes afastam o investidor, especialmente os estrangeiros. "Ele fica impossibilitado de quantificar contingências fiscais".

O advogado Alessandro Mendes Cardoso, do escritório Rolim, Viotti & Leite Campos, afirma, porém, que a decisão indica a tendência do STJ de analisar o caráter da verba quanto à habitualidade, à integração ao cálculo da aposentadoria e, principalmente, à contraprestação do trabalhador. "O ponto a ser discutido é se a contribuição incide sobre o serviço efetivamente prestado ou se é decorrente da relação de trabalho", afirma.

Embora os trabalhadores estejam ausentes de seus postos de trabalho no período de férias e licença-maternidade, o entendimento atual da 1ª Seção é de que suas remunerações continuam na folhas de salários das empresas, base de cálculo da contribuição patronal de 20% ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A advogada Fabiana Gragnani Barbosa, do Siqueira Castro Advogados, lembra que, apesar de toda a questão judicial, a cobrança da contribuição sobre as férias e o salário-maternidade está prevista em lei - Lei nº 8.212, de 1991. "Se deixar de recolher, o contribuinte será autuado", diz.

Para o tributarista Leonardo Mazzillo, do WFaria Advocacia, a tese sobre o salário-maternidade é mais fácil de prosperar no Judiciário. Isso porque o empregador não arca com os custos da licença. Segundo ele, as empresas apenas adiantam o pagamento ao trabalhador, mas abatem 100% do valor a ser recolhido ao INSS. Para Mazillo, a retribuição por um serviço prestado está ligado ao conceito de salário. "A licença-maternidade não retribui nada. A gestante não está trabalhando. Tanto não é salário que o empregador não paga o encargo", afirma.

Em 2008, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu repercussão geral em recurso que discute a incidência de contribuição previdenciária sobre o salário-maternidade. No recurso, que ainda deverá ser julgado pela Corte, um hospital de Curitiba sustenta que não há remuneração nos períodos em que a empregada está licenciada. "É uma indenização. A Constituição diz que apenas há incidência sobre verbas de natureza salarial", diz o advogado Luiz Rogério Sawaya, do Nunes e Sawaya Advogados, que representa o hospital.

Em dezembro, a União desistiu de recorrer de ações que discutem a incidência da contribuição previdenciária sobre diversas verbas, como auxílio-alimentação in natura, vale-transporte pago em dinheiro, seguro de vida coletivo contratado pelo empregador e abono único previsto em convenção coletiva de trabalho.

Procurada pelo Valor, a Fazenda Nacional não retornou para comentar a decisão


Fonte: Valor Econômico - Bárbara Pombo - São Paulo

Contraf-CUT retoma negociações nesta quinta com BB e cobra jornada de 6h

A Contraf-CUT, federações e sindicatos, assessorados pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), realizam nesta quinta-feira, dia 1º de março, nova rodada de negociação permanente com o banco. Os trabalhadores cobrarão do BB a implantação da jornada legal de seis horas para todos os bancários e questões ligadas a condições de trabalho. A reivindicação havia sido aprovada no 22º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, no ano passado.

A Contraf-CUT também cobrará do banco o estabelecimento de um calendário para as negociações específicas permanentes. "Queremos agendar datas para debater temas como plano de carreira, jornada de seis horas e outros assuntos de interesse do funcionalismo", afirma Eduardo Araújo, coordenador da CEBB.

Os negociadores do banco informaram que farão uma apresentação, atendendo o pedido dos sindicatos, a respeito do processo de implantação da Plataforma de Suporte Operacional (PSO). Na oportunidade, os representantes dos funcionários apresentarão suas críticas e sugestões relacionadas ao tema.


Fonte: Contraf-CUT

Banco do Brasil paga segunda parcela da PLR nesta quarta

O Banco do Brasil informou à Contraf-CUT que realizará nesta quarta-feira (29) o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O banco alcançou lucro líquido recorde de R$ 12,1 bilhões em 2011, crescimento de 3,6% em relação a 2010.

Os valores a serem recebidos pelos bancários neste semestre serão cerca de 6% menores que os dos primeiros seis meses do ano. Os motivos são um aumento no quadro de quase 2 mil funcionários - fruto da luta dos trabalhadores por mais contratações e melhores condições de trabalho - e uma pequena redução no resultado do banco no segundo semestre em relação ao primeiro.

Os bancários receberão nesta quarta a PLR do segundo semestre no valor de 45% do salário paradigma (E-6, E-6 + comissão de caixa e VRs), mais 4% do lucro líquido do semestre distribuído linearmente. Os comissionados também receberão um valor referente ao chamado Módulo Bônus, determinado pelo banco para as dependências que atingem as metas do Plano de Trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

28 de fevereiro “ Dia Internacional de conscientização sobre as Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/Dort)”.

LER é uma terminologia guarda chuva que engloba várias alterações das partes moles do sistema musculoesquelético devido a uma sobrecarga que vai se acumulando com o passar do tempo, comprometendo seriamente - muitas vezes de forma irreversível - os tendões, articulações e músculos. Vão desde dores musculares (mialgia) e inflamações nos tendões e sinóvias (tenossinovites) até alterações grave da relação entre o estímulo potencialmente provocador da dor e as reações sensitivas do organismo a esse estímulo.
O que a princípio surge como uma sensação de desconforto, pontadas, formigamento ou dores na execução do trabalho, que se estendem para os períodos de descanso, acaba evoluindo para dores insuportáveis, inchaços, atrofias, perda de força muscular e da coordenação motora, altamente incapacitante, até tarefas simples como escovar os dentes, pegar um copo e outros objetos tornam-se impossíveis de realizar. As repercussões na identidade, na vida profissional, familiar e social dos trabalhadores e trabalhadoras são devastadoras!
O sofrimento causado por sentimentos de incapacidade e de inutilidade gerados por esta situação são ainda maiores em razão do preconceito. Como a doença não tem sinais visíveis, muito menos a dor, homens e mulheres adoecidos são hostilizados, tratados como mentirosos, preguiçosos, gente que faz “corpo mole”, etc. tanto no espaço no trabalho, como por aqueles que deveriam assegurar os seus diretos previdenciários e trabalhistas.

Todos/as por + Saúde - Meta

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Salve o dia 24 de fevereiro! 80 anos de uma grande conquista para as mulheres brasileiras.

Artigo de Rita da Costa Pereira

Em 2010 o Brasil e o mundo assistiram a um grande acontecimento histórico. Pela primeira vez na história da política brasileira uma mulher assume o Poder Executivo Federal. Dilma Roussef foi eleita presidenta da República Federativa do Brasil.
De tão novo o fato, houve dúvidas até em relação à variação de gênero da palavra: não seria presidente? Não, é presidenta mesmo.
Já acostumados à “nova” ideia, de uma mulher presidenta, seguimos sem nos perguntar quando foi e como foi a conquista desse direito.
Os movimentos pelo sufrágio feminino no Brasil começaram a surgir na década de 1920, mas tomaram força na década de 1930, período que foi um marco na mudança política do Brasil. Getúlio Vargas assumiu o poder com a difícil tarefa de reorganizar a economia brasileira após a instabilidade provocada pela crise da bolsa americana, em 1929. Essa nova ordem trouxe transformações importantes no mundo do trabalho e uma classe trabalhadora operária emergiu desse processo. Com o aparecimento dos operários de fábrica, veio o discurso socialista. No que tange à mulher, os socialistas não viam mudança da realidade feminina sem a suplantação do capitalismo. Porém, o movimento feminista via a emancipação social feminina através da conquista de sua cidadania e por isso lutava pelo sufrágio feminino.
Uma das principais bandeiras de luta das feministas do período era a conquista do direito ao voto. A participação política era vista como uma forma de emancipação da mulher, o que nos remete à ideia da igualdade entre os sexos. A participação das mulheres na política, através do voto e do direito a serem eleitas como governantes em seus países e cidades, as toranavam, pelo menos politicamente, iguais perante os homens.
Nesse contexto, em 24 de fevereiro de 1932, as mulheres brasileiras conquistaram o direito ao voto e em 1934, o direito de serem eleitas. O Código Eleitoral Brasileiro, através do Decreto nº 21,076, definiu o seu eleitorado : “Art. 2º É eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem DISTINÇÃO de sexo, alistado na forma deste código”.
Imprtante ressaltar que saímos na frente de outros paise das Américas, com exceção dos Estados Unidos, em que alguns estados adotaram o voto feminino a partir de 1896. Na Argentina e no México, esse direito só foi conquistado em 1946. E no país da Revolução de 1789, a França, as mulheres só conquistaram esse direito em 1944.
A liderança que lutou pela conquista do voto feminino durante as décadas de 1920 e 1930 tem nome e sobrenome: Bertha Lutz. Ela fundou, em 1922, a FBPF – Federação Brasileira pelo Progesso Feminino, que, dentre outros objetivos, pretendia promover a educação e a profissionalização das mulheres. Funcionária do Museu Nacional, Lutz dedicou sua vida profissional à causa da emancipação feminina. Graduou-se em Ciências Naturais pela universidade de Sorbonne, em 1918, e sua trajetória de luta acabou dando a ela uma cadeira na Câmara dos Deputados, que foi perdida quando do fechamento do Congresso Nacional, em 1937, com a instauração do Estado Novo por Getúlio Vargas.
Olhando hoje para as esferas de poder de nosso país, talvez não tenhamos a dimensão da importância dessa data para nossa história. Afinal, vereadoras, deputadas, senadoras e presidenta já foram incorporadas à nossa história política. Mas não nos esqueçamos que essa conquista foi fruto de um longo processo histórico, desencadeado por homens e mulheres comprometidos com a causa da igualdade de gêneros.

* Rita da Costa Pereira é graduada em História pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em História Contemporânea pela Universidade Cândido Mendes

Justiça reintegra mais dois bancários demitidos pelo Itaú no Rio de Janeiro

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro conseguiu na Justiça a reintegração de mais dois funcionários, Carla de Azevedo Lannes e Antonio Lisboa Amorim, dispensados irregularmente pelo Itaú. Os dois estão entre os milhares de trabalhadores vítimas da política de demissões do banco.

Carla foi dispensada pela empresa no dia 2 de maio do ano passado. Portadora de LER/Dort, ela foi reintegrada no último dia 24 de janeiro, em decisão da juíza Nelise Maria Behnken, da 23ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro.

Antonio também é portador de LER/Dort e foi reintegrado em 24 de janeiro, por decisão do desembargador José da Fonseca Martins Júnior, da 1ª Região do Tribunal Federal do Trabalho. Em ambos os casos a Justiça determina, além da reintegração, que o banco pague todas as verbas rescisórias aos funcionários.

"Vamos intensificar a mobilização e continuar denunciando o Itaú à opinião pública, mas também fazendo o que for possível para reintegrar funcionários demitidos. É importante que os bancários procurem o Sindicato para denunciar demissões irregulares", afirma o presidente Almir Aguiar.

As denúncias referentes ao Rio de Janeiro devem ser feitas à Secretaria de Saúde (2103-4110/4116) e ao Departamento Jurídico do Sindicato (2103-4104/4125).


Fonte: Seeb Rio de Janeiro

Os 180 de licença-maternidade Já faz parte da vitória das Mulheres Bancárias - Ministra Eleonora defende licença-maternidade obrigatória de 6 meses para todas.

A nova ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, defende que o novo período de licença-maternidade, que passou de quatro para seis meses, torne-se obrigatório em todo o setor público e privado no país. A informação foi divulgada no jornal Valor Econômico da sexta 17.

A obrigatoriedade já foi aprovada por unanimidade pelo Senado em 2010. Desde então, aguarda a votação na Câmara dos Deputados para que todas as trabalhadoras gestantes tenham direito aos 180 dias.

Ideal - Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que começou campanha pela ampliação da licença-maternidade em 2005, o período de aleitamento materno de seis meses é o ideal para garantir o bom desenvolvimento da criança.

De acordo com levantamento da SBP, 24 estados, o Distrito federal e 152 municípios já regulamentaram leis que tornam obrigatórios o período de seis meses às servidoras públicas.

Entre as categorias profissionais, a bancária foi uma das primeiras a conquistar, na campanha nacional unificada de 2009, o direito à ampliação para as gestantes em Convenção Coletiva de Trabalho. A maior parte dos bancos aderiu à licença ampliada em 2010. E antes mesmo dos bancos, o Sindicato já concedia o período e seis meses às suas funcionárias.

Licença-paternidade - Além da licença-maternidade de seis meses para as gestantes, a ministra também defendeu a ampliação do período de licença-paternidade, atualmente de cinco dias. De acordo com a reportagem do Valor, Eleonora Menicucci considera esse período fundamental para intensificar a participação masculina após o parto.

Luta permanente - Mesmo após a conquista da licença maior para as bancárias, o Sindicato permanece na luta para que esse direito chegue a todas as trabalhadoras, independentemente de sua categoria profissional. Tanto que a licença-maternidade de 180 dias e a ampliação da licença-paternidade para seis meses foram alguns dos temas do Bloco dos Bancários deste ano.

"Nossa preocupação é por melhoria da qualidade de vida para a sociedade como um todo. Se a ampliação da licença-maternidade é uma necessidade social - pois possibilita que o bebê tenha amparo no momento mais importante de seu desenvolvimento, prevenindo o surgimento de diversas enfermidades -, o prazo maior para o pai é fundamental para que ele também intensifique o contato com a criança. Isso já ocorre em outros países e se mostra acertado. Queremos que essa condição seja assegurada também no Brasil", afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

Fonte: Jair Rosa, com Jornal Valor Econômico ▪ Últimas Notícias

Santander e Itaú lideram reclamações no Banco Central em 2011

Santander e Itaú Unibanco foram os líderes de reclamações no ranking do Banco Central em 2011. O grupo espanhol, grande campeão de queixas, liderou a lista, divulgada mensalmente, por seis vezes e foi vice por quatro. Já o brasileiro Itaú ficou no topo por seis meses e ocupou o segundo lugar por dois meses. O Banco do Brasil veio em terceiro lugar no número de queixas, sendo vice por seis vezes e na terceira colocação por cinco.

Os números divulgados pelo BC há pouco mais de uma semana, incluindo o mês de dezembro, mostram ainda que as queixas aumentaram 43,9% de 2010 para 2011. No ano passado foram registradas pelo órgão 13.963 reclamações, contra 9.702 em 2010.

HSBC e Bradesco também apareceram nas listas mensais. O Bradesco ficou em terceiro lugar por dois meses e o banco inglês ocupou a terceira colocação uma vez.

Os problemas mais apontados pelos clientes foram débitos não autorizados, com 2.921 registros em 2011. Também foram comuns as queixas contra cobranças irregulares de tarifas e serviços não contratados, descumprimento de prazo, esclarecimentos incompletos ou incorretos, cobrança irregular de tarifa de cartão de crédito, segurança dos meios alternativos de pagamento, cálculo de liquidação antecipada e restrições à portabilidade de crédito.

Fonte: Seeb SP, com informações do Jornal da Tarde

Inscrições para concurso público da Caixa começam no dia 27

A Caixa Econômica Federal (CEF) lançou o edital para o concurso 2012, destinado à formação de cadastro. As inscrições vão de 27 de fevereiro a 13 de março pelo site www.cesgranrio.org.br. A taxa varia de R$ 37 a R$ 73.

As provas acontecem nos dias 15 e 22 de abril, conforme cada cargo.

O presidente da Caixa, Jorge Hereda, anunciou que a expectativa do banco é de contratar 12 mil novos funcionários até o fim deste ano.

As remunerações chegam a R$ 2.558,24 para os Técnicos Bancários e a R$ 9.444,24 para os advogados, engenheiros e arquitetos. Para todas as carreiras, já estão incluídos R$ 435,16, de auxílio-alimentação/refeição, e R$ 339,08, de auxílio cesta-alimentação.


Fonte: Contraf-CUT

Artigo do professor Vladimir Safatle: Escravos da modernidade

Na semana passada, a imprensa veiculou a notícia de que uma construtora servia-se de trabalho escravo.

A obra não era uma hidrelétrica na região Norte ou em algum lugar de difícil acesso, onde sempre é mais complicado descobrir o que se passa. Na verdade, a obra encontrava-se quase na esquina com a avenida Paulista.

Trata-se da reforma de um dos mais conhecidos hospitais da capital paulista, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ironicamente, a empresa responsável pela obra chama-se "Racional" Engenharia.

Como não podia deixar de ser, a empresa afirmou que os trabalhadores respondiam a uma empresa terceirizada e que os dirigentes desconheciam realidade tão irracional. Este foi o mesmo argumento que a rede espanhola de roupas Zara utilizou quando foi flagrada servindo-se de mão de obra escrava boliviana empregada em oficinas terceirizadas no Bom Retiro.

É muito interessante como empresas que gastam fortunas em publicidade e propaganda institucional são tão pouco cuidadosas no que diz respeito às condições aviltantes de trabalho das quais se beneficiam por meio do truque tosco da terceirização. Quando se contrata uma empresa terceirizada, não é, de fato, complicado averiguar as reais condições a que trabalhadores estão submetidos, se seus turnos são respeitados e se seus alojamentos são decentes.

Há de se perguntar se tal desenvoltura não é resultado da crença de que ninguém nunca perceberá o curto-circuito entre imagens institucionais modernas, requintadas, "racionais", e sistemas medievais de exploração.

No fundo, essa parece ser mais uma faceta de um velho automatismo brasileiro de repetição: discursos cada vez mais elaborados e modernos, práticas cada vez mais arcaicas. Afinal, tal precariedade foi feita em nome de novas práticas trabalhistas, mais flexíveis e adaptadas aos tempos redentores que, enfim, chegaram.

Não mais a rigidez do emprego e do controle dos sindicatos, mas a leveza do paraíso da terceirização, onde todos serão, em um horizonte próximo, empresas. Cada trabalhador, um empresário de si mesmo.

Que essa flexibilidade tenha aberto as portas para uma vulnerabilidade que remete trabalhadores à pura e simples escravidão, isto não retiraria em nada o brilho da ideia. Pois apenas os que temem o risco e a inovação poderiam querer ainda as velhas práticas trabalhistas. Pena que o novo tenha uma cara tão velha.

Pena também que, como os gregos mostrem a cada dia, quem paga o verdadeiro preço do risco sejam, como dizia o velho Marx, os que já perderam tudo.

* Vladimir Safatle é professor livre-docente do Departamento de filosofia da USP (Universidade de São Paulo).


Fonte: Folha de S. Paulo ▪ Últimas Notícias

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Itaú paga no próximo dia 24 teto da regra básica e PLR adicional

Os bancários do Itaú receberão a segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no próximo dia 24, sexta-feira. Atendendo a correspondência da Contraf-CUT, o banco confirmou o pagamento do teto da regra básica e da parcela adicional da PLR.

O Itaú alcançou um lucro líquido de R$ 14,62 bilhões em 2011, o maior da história do sistema financeiro nacional. O resultado representou um crescimento de 9,74% sobre os R$ 13,3 bilhões apurados em 2010.

Regra básica da PLR

Pela convenção coletiva, cada funcionário deve receber o pagamento da regra básica da PLR (90% do salário mais R$ 1.400, limitado a R$ 7.827,29), com o aumento para o teto de 2,2 salários, limitado a R$ 17.220,04, o que vier primeiro.

Do crédito da regra básica, será descontada a antecipação da primeira parte feita em 2011, equivalente a 54% do salário mais R$ 840, limitado a R$ 4.696,37.

Parcela adicional da PLR

Cada bancário também deve receber o restante da parcela adicional da PLR, cujo valor total é calculado com base na distribuição linear de 2% do lucro líquido de 2011 entre todos os empregados, com teto de R$ 2.800. Esse montante é pago sem desconto nos programas próprios de remuneração variável.

Do pagamento da parcela adicional será deduzida a antecipação feita em 2011, que foi de R$ 1.400.

Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Contraf-CUT negocia e cobra da Caixa solução para problemas nas Ret/PVs - Bancários retomaram negociações permanentes com a Caixa

Na primeira rodada deste ano das negociações permanentes com a Caixa Econômica Federal, realizada nesta sexta-feira (10), em Brasília, a Contraf-CUT, federações e sindicatos, com a assessoria da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), voltaram a cobrar uma solução para os problemas que os empregados pelo Brasil afora vêm enfrentando depois da retomada, pela empresa, das Ret/PVs - a chamada retaguarda das unidades.

A luta do movimento nacional dos empregados é para por fim à concentração e ao crescimento da carga de trabalho nas unidades de ponta, provocadas, sobretudo, pela carência de pessoal.

Na reunião, a Contraf-CUT lembrou que a esmagadora maioria dos empregados das retaguardas continua sobrecarregada, existindo situações em que os tesoureiros, por exemplo, se desdobram para ajudar no atendimento, muitas vezes sozinhos, sendo obrigados a transportar dinheiro e abastecer os terminais de caixa eletrônico, além das atividades pertinentes às suas funções.

Em muitas unidades, tesoureiros e Técnicos de Operação de Retaguarda (TORs) estão assumindo funções semelhantes, o que configura uma irregularidade, dado o caráter distinto de suas atividades.

Outros problemas recorrentes, segundo as denúncias levadas para a mesa de negociações pelos representantes dos empregados, são a falta de segurança e o espaço físico inadequado de agências e PABs, situações incompatíveis com condições dignas de trabalho. A Caixa reconheceu a natureza estressante das atividades dos tesoureiros, admitindo ser preciso priorizar a questão da segurança.

Em relação às retaguardas, a Caixa informou que as agências vão passar por um processo de dimensionamento. O quantitativo a ser dimensionado é de 5.738 pessoas, mas há ainda a necessidade de alocação de pelo menos 400 novas vagas para as Rerets.

Esse processo ainda está sendo concluído, mas já foi tomada a decisão de contratar 418 novos bancários. Segundo a Caixa, as unidades que estiverem fora das Ret/PVs terão alguns de seus serviços centralizados, para diminuir a carga de trabalho. A empresa também pretende automatizar processos.

A Contraf-CUT deixou claro que a solução para as demandas das retaguardas passa por dimensionar a rotina de trabalho e de atividades da área, com base nas peculiaridades locais. Foi reivindicada a valorização da carreira para os empregados que serão atingidos pelo modelo de Ret/PV a ser implantado, de modo a que sejam evitadas situações como as do não cumprimento do horário de almoço, a extrapolação da jornada sem registro correto, os descontos de valores por falhas tecnológicas do sistema e as relacionadas às férias interrompidas.

Para Jair Pedro Ferreira, coordenador da CEE/Caixa e vice-presidente da Fenae, é fundamental a mobilização dos trabalhadores neste início de ano, para reforçar as reivindicações nas negociações permanentes com a empresa.

PCS: promoção por mérito

A Caixa pretende revisar o modelo em vigor. Uma proposta consolidada será apresentada pela empresa nos próximos dias 6 e 7 de março, quando se reúne a comissão composta por representantes do banco e dos empregados, com o propósito de definir as regras para a avaliação da promoção por mérito referente ao ano-base 2012 e aos critérios a serem adotados em 2013.

A Contraf/CUT cobrou uma averiguação do que foi conseguido implantar no ano passado, já que essa análise é imprescindível para corrigir eventuais problemas.

Foi denunciada a existência de casos de empregados que não conseguem receber o delta porque estão impossibilitados de fazer os cursos de qualificação disponibilizados pela Universidade/Caixa, devido, principalmente, à falta de tempo para acessar a intranet do banco e efetuar a inscrição.

A reivindicação da Contraf/CUT é para que haja isonomia na distribuição de deltas, de modo a que nenhum empregado venha a ser prejudicado. O percentual a ser distribuído será divulgado pela empresa logo depois do carnaval.

Os representantes dos empregados defendem que o processo de distribuição de deltas seja permanentemente aperfeiçoado. A Universidade/Caixa, por outro lado, é vista como uma boa ferramenta de avaliação, desde que sejam criadas condições para que os empregados façam os cursos no horário normal de sua jornada. Inovações precisam ser adotadas na trilha da Universidade/Caixa, para modificação ou inclusão de itens, com possibilidade de mudança do peso atribuído a essa forma de avaliação.

Também está em estudo mudanças na descrição dos critérios subjetivos e objetivos, com a finalidade de melhorá-los cada vez mais. O aprimoramento desses critérios é necessário para evitar injustiças e favorecimentos indevidos, de modo a que o maior número possível de trabalhadores evolua na carreira. A Contraf/CUT luta para que o bancário se envolva de forma mais efetiva no processo sobre a dinâmica da avaliação.

Horas extras

O excesso de horas extras sobrecarrega os empregados na rede de agências. A Contraf/CUT - CEE/Caixa lembrou que o cumprimento de uma jornada além do horário convencional coloca em risco a saúde do trabalhador, que fica exposto a erros pela carga excessiva de trabalho, e compromete a segurança da agência como um todo.

Foi denunciado, por exemplo, que gestores vêm pressionando os empregados a fazerem a compensação das horas trabalhadas a mais de forma vinculada à política de metas abusivas cobradas pelo banco, existindo situações em que o bancário deixa o serviço de lado para bater o ponto.

A Contraf/CUT também contestou a posição da Caixa de subordinar a compensação de horas extras ao AVGestão, pois isto sobrecarrega ainda mais os empregados. Foi lembrado que situações como essa ocorrem devido, sobretudo, à falta de trabalhadores nas unidades.

CCV específica sobre 7ª e 8ª hora

A Caixa apresentou uma minuta aos representantes dos empregados, e a proposta é firmar um termo aditivo às Comissões de Conciliações Voluntárias (CCVs) já existentes. A previsão é de que esse processo seja implantado no início de março.

O compromisso assumido anteriormente previa a implantação da CCV para os empregados da ativa que quisessem reivindicar direitos referentes à 7ª e 8ª hora dos cargos de natureza técnica, tendo como base o mês de setembro de 2011. O movimento deixou claro, no entanto, que não aceita nada além daquilo que estiver acordado entre as partes.

Modelo de PLR

Será realizada em março uma reunião da comissão paritária a ser formada por representantes dos trabalhadores e da empresa, com o propósito de debater uma proposta específica de modelo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) na Caixa, respeitando-se a regra básica acordada com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Aposentados

Foi cobrada uma solução para os problemas ainda existentes em relação ao pagamento indevido de tarifas bancárias pelos aposentados. A Caixa também demora em alterar o valor das taxas de juros do cheque, o que vem prejudicando o segmento.

Pressionada a esse respeito, a empresa assumiu o compromisso de devolver tudo aquilo que for debitado indevidamente. Também será feito o estorno para os casos já ocorridos. A ideia da Caixa é resolver definitivamente essa situação até o dia 8 de março.

Sistema de Ponto Eletrônico

A Contraf/CUT voltou a reivindicar a extinção do registro de horas negativas do Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), assim como a adoção de login único para acesso aos sistemas corporativos.

Em resposta a essa reivindicação, a Caixa informou que o processo relativo ao login único está praticamente pronto, com implantação tão logo seja concluída a avaliação por desempenho da promoção por mérito. A previsão é de que isto ocorra no inicio de março.

Ficou acertada ainda que a reunião do GT Sipon, com participação paritária de representantes dos trabalhadores e da empresa, será realizada em meados de março.

Compensadores

A Contraf/CUT reivindicou que a incorporação do adicional noturno seja estendida a todos os empregados que trabalhavam na extinta área de compensação de cheques, e não só àqueles com no mínimo 10 anos no exercício da função. Há casos de bancários que recebem o benefício, apesar de não possuírem os 10 anos de função. Hoje, há 120 empregados nessa situação.

A Caixa ainda estuda internamente a possibilidade de atender essa reivindicação, pendente desde fevereiro do ano passado. Na próxima rodada de negociações permanentes, a empresa se posicionará sobre o assunto.

Protocolo de combate ao assédio moral

Os problemas permanecem. Isto porque a Caixa não vem dando a importância devida para os casos denunciados de empregados ainda vítimas de assédio moral. Ao protestar contra essa situação, a Contraf/CUT cobrou o fim destas práticas e lembrou que a empresa é uma das signatárias de um acordo específico de combate ao assédio moral firmado no âmbito da Fenaban, conhecido como Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho.

A Caixa, por outro lado, alegou que a solução para os casos considerados como assédio moral passa por um rito. Segundo a empresa, as situações denunciadas são encaminhadas a uma comissão de ética, que se encarrega depois de apresentar proposta para resolver o problema.

A representação nacional dos empregados deixou claro, no entanto, a impossibilidade de ser adotada uma proposta-padrão, argumentando que os sindicatos não podem ficar sem uma resposta para os casos denunciados ou então dependentes de uma proposta insatisfatória.

Foi reafirmado à Caixa que o acordo de combate ao assédio moral prevê que, recebida a denúncia, o prazo é de 60 dias corridos para apurar o caso e prestar esclarecimentos ao sindicato. Essa denúncia é apresentada de forma anônima pelos bancários, e não tem como abrir mão disso. Ocorre que, na maioria das vezes, a Caixa não vem cumprindo os prazos estabelecidos pelo Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho.

Representante no Conselho de Administração

Reunido recentemente, e apesar de essa decisão não contar com o aval do Conselho Diretor, o Conselho de Administração da Caixa rejeitou a proposta de alteração do estatuto do banco, para permitir que empregados que não tenham ocupado função de gestor possam concorrer ao cargo.

Houve protesto quanto à recusa da Caixa em atender uma reivindicação considerada legítima pelo movimento nacional dos bancários. Essa exigência, na avaliação da Contraf/CUT, é absurda ao deixar de fora praticamente 90% dos trabalhadores da empresa. E, nesse caso, os empregados repudiam a adoção de qualquer medida restritiva.

A representação nacional dos empregados lembrou ainda que a lei nº 12.353, sancionada em dezembro de 2010, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e regulamentada pela presidenta Dilma em março de 2011, propicia grande salto no processo de democratização da gestão das empresas públicas, contribuindo para a melhoria da condução do patrimônio público.

O impasse no encaminhamento do processo eleitoral para a escolha de representantes dos empregados para o Conselho de Administração foi estabelecido depois que a Caixa decidiu adotar regras restritivas e não previstas na legislação.

Para que essa conquista histórica seja consolidada, a Contraf/CUT conclama a direção do Caixa a abrir mão de pré-requisitos inadequados, não mais protelando a implantação da medida no âmbito do banco.


Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Lucro do BB chega a R$ 12,1 bi em 2011

Resultado divulgado foi 3,6% maior do que o registrado em 2010. Sindicato já pediu a antecipação do pagamento da PLR aos funcionários

São Paulo – O Banco do Brasil acumulou lucro líquido de R$ 12,126 bilhões em 2011. O resultado, divulgado nesta terça-feira 14, representa aumento de 3,6% em relação ao de 2010. O lucro recorrente (exclui eventos extraordinários) chegou a R$ 11,751 bilhões em 2011, volume 10,2% maior do que o apurado em 2010. Os ativos totais do BB alcançaram em dezembro de 2011 R$ 981,230 bilhões, o que corresponde a crescimento de 21% sobre o mesmo mês de 2010.

As regras da participação nos lucros e resultados do BB não são as mesmas da Fenaban. Pelo acordo aditivo, o banco tem de pagar a PLR aos funcionários em até 10 dias úteis após a data de distribuição de dividendos aos acionistas. Esses dividendos serão pagos em 29 de fevereiro e, portanto, a PLR deve ser creditada no dia 14 de março. “Já entramos em contato com a direção do banco para cobrar a antecipação do pagamento”, informa o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Cláudio Luis de Souza.

Além disso, a PLR do BB é paga semestralmente, ou seja, levando em conta o lucro da instituição em cada semestre do ano. Outra particularidade da PLR da instituição é a distribuição de 4% do lucro líquido linear aos funcionários. Os comissionados recebem ainda uma parcela variável, que depende do acordo de trabalho coletivo.

Os bancários também têm direito ao módulo Fenaban, que corresponde a 45% dos salários paradigmas de escriturários, caixas e comissionados, e a uma quantia com referência na parcela fixa da Fenaban, atualmente em R$1.400. É importante lembrar que metade do valor fixo já foi pago no primeiro semestre.

O lucro – Segundo o banco, a carteira de crédito ampliada (que considera as garantias prestadas e os títulos e valores mobiliários privados) atingiu R$ 465,093 bilhões, aumento de 5,3% no trimestre e de 19,8% em 12 meses. A participação do Banco do Brasil no mercado doméstico de crédito ficou em 19,2% em dezembro de 2011.

O crédito imobiliário às pessoas físicas – que começou a ser operado pelo BB no segundo trimestre de 2008 – encerrou o ano passado com montante de R$ 6,035 bilhões, o que corresponde à elevação de 20% sobre o terceiro trimestre de 2011. O volume desembolsado no quarto trimestre de 2011 chegou a R$ 1,098 bilhão, 96,5% maior do que o registrado no mesmo período de 2010. Já para as pessoas jurídicas o desembolso somou R$ 391 milhões no quarto trimestre de 2011 e o saldo da carteira alcançou R$ 1,571 bilhão.

O total da carteira de crédito às pessoas físicas (R$ 130,589 bilhões) apresentou expansão de 15,5% em dezembro de 2011 contra o mesmo período de 2010. Para as empresas, o saldo ficou em R$ 210,167 bilhões o que representa crescimento de 19,2% sobre o mesmo período de 2010.
Segundo o relatório do BB, “os indicadores de inadimplência do Banco do Brasil continuam melhores do que os observados no Sistema Financeiro Nacional (SFN) em dezembro de 2011”. O indicador que mede o atraso das operações há mais de 90 dias do SFN encerrou o último trimestre do ano passado em 3,6%, enquanto o do BB ficou em 2,1%.

As rendas de tarifas, o que inclui as receitas de prestação de serviços e com tarifas bancárias, alcançaram R$ 18,242 bilhões em 2011, resultado 12,8% superior ao verificado no ano anterior.

Redação com informações da Agência Brasil

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Instalada CPMI para acompanhar aplicação da Lei Maria da Penha no País

O Congresso Nacional instalou nesta quarta-feira (8) a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Violência contra a Mulher (CPMI). Na primeira sessão, foram designadas, como presidente da CPMI, a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e, como relatora, a senadora Ana Rita (PT-ES).

De acordo com Ana Rita, o objetivo da comissão será principalmente identificar os problemas que estão fazendo com que a Lei Maria da Penha não venha sendo aplicada correta e amplamente. "Por que tantas mulheres continuam morrendo?", questionou a senadora Ana Rita.

Além disso, os parlamentares que compõem a comissão, que conta com apenas três titulares homens até o momento, terão também a missão de atuar no Supremo Tribunal Federal (STF) e interagir com os governos para garantir que a lei de proteção às mulheres seja aplicada de forma correta.

"A nossa preocupação central é definir para o Poder Judiciário, para os governos, nas suas instâncias policiais, a efetividade de que iniciativas podem ser tomadas. Temos uma série de medidas protetivas que foram definidas, como essa da procuradora federal de Minas Gerais, mas que não adiantou porque não havia um processo de fiscalização da implementação [da lei]", declarou a presidenta da CPMI.

O Ligue 180 - serviço para o qual as mulheres que sofrem algum tipo de violência podem ligar para solicitar ajuda e orientação - recebeu, em 2011, mais de 667 mil chamadas, cerca de 1,8 mil por dia. Dessas ligações, quase 46 mil foram relatos de violências físicas e aproximadamente 18 mil foram de violência psicológica.

De acordo com o balanço divulgado pela central de atendimento, em média, um caso por dia era relacionado à denúncias de cárcere privado e, ao longo do ano, foram denunciados 35 casos de tráfico de mulheres.

O perfil educacional dessas mulheres é, na maior parte, formado por vítimas que têm o ensino fundamental (45,5%) ou o ensino médio (41,2%). Em relação à faixa etária, 81% delas têm entre 20 e 49 anos. Isso significa que as mulheres mais atingidas pela violência são as adultas, no auge da fase reprodutiva e econômica.

A CPMI deverá contar ao todo com 24 deputados e senadores, mas nem todos foram indicados ainda. A próxima reunião da comissão, quando será definido um cronograma de trabalho, deve acontecer após o carnaval.


Fonte: Agência Brasil

Caixa interrompe serviços de saque e débito neste domingo, das 2h às 5h

A Caixa Econômica Federal informou, em nota, que os serviços de saque e débito ficarão indisponíveis neste domingo (12), das 2h às 5h.

Segundo a nota, "os cartões de crédito da Caixa funcionarão normalmente no momento da interrupção". A pausa no sistema, antecipou, se deve a uma atualização tecnológica que visa a melhorar a qualidade e a disponibilidade dos serviços aos clientes.

Na quinta-feira (9), a Caixa anunciou que os correntistas já podem consultar extratos previdenciários pelo serviço Internet Banking Caixa. O cliente poderá visualizar todos os recolhimentos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), desde 1994.

De acordo com a instituição, o serviço é gratuito e está disponível para 5,6 milhões de clientes cadastrados no Internet Banking, que podem consultar o extrato, todos os dias da semana, com acessos ilimitados e sem a necessidade de senha do Cartão Cidadão.


Fonte: Agência Brasil

Caixa paga PLR dia 1º e retoma negociação com Contraf-CUT nesta sexta (10)

A Caixa Econômica Federal informou na tarde desta quinta-feira (9) que realizará no dia 1º de março o pagamento da segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Além disso, o banco anunciou que antecipará também o pagamento da folha de fevereiro para o dia 17, véspera do carnaval.

Na quarta-feira (8), a Contraf-CUT enviou ofício ao presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, solicitando o pagamento da segunda parte da PLR, "com a maior brevidade possível". Conforme o balanço de 2011, divulgado na terça-feira (7), a Caixa obteve lucro de R$ 5,2 bilhões, 37,7% maior do que o resultado do ano passado. O número total de empregados cresceu de 83.185 para 85.633, um saldo de 2.448 novos postos de trabalho.

O que o empregado da Caixa vai receber:

1. Regra básica da PLR

Cada bancário deve receber o restante da regra básica da PLR, cujo valor total corresponde a 90% do salário mais R$ 1.400, limitado a R$ 7.827,29.

Do pagamento da regra básica, será descontada a antecipação da primeira parte feita em 2011, equivalente a 54% do salário mais R$ 840, com teto de R$ 4.696,37.

2. Parcela adicional da PLR

Cada bancário também deve receber o restante da parcela adicional da PLR, cujo valor total é calculado com base na distribuição linear de 2% do lucro líquido de 2011 entre todos os empregados, com teto de R$ 2.800. Esse montante é pago sem desconto nos programas próprios de remuneração variável.

Do pagamento da parcela adicional será deduzida a antecipação feita em 2011, limitada a R$ 1.400.

3. PLR Social

Além disso, os trabalhadores conquistaram no acordo aditivo o pagamento da PLR Social, que corresponde à distribuição linear de 4% do lucro líquido do exercício de 2011.

Do montante será deduzido o valor já antecipado, que foi calculado com base em 4% do lucro líquido obtido no primeiro semestre do ano passado.

Negociação permanente nesta sexta, às 11h

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta sexta-feira (10) as negociações permanentes com a Caixa, em Brasília. Antes marcada para as 14h, a reunião foi antecipada para as 11h.

Na pauta do encontro, estão promoção por mérito no âmbito do Plano de Cargos e Salários (PCS), o modelo de Ret/PV e a eleição do representante dos empregados no Conselho de Administração.

"Os trabalhadores precisam estar atentos aos temas tratados na mesa negociação e mobilizados para pressionar o banco", afirma Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e vice-presidente da Fenae. "O processo de negociação permanente é fundamental para conquistar avanços em nossa pauta específica de reivindicações", completa.

Artigo de Márcio Pochmann: Salário, produtividade e estabilização

O descolamento das trajetórias do salário real e da produtividade do trabalho no Brasil tem sido uma constante no tempo. De maneira geral, os salários não acompanham os ganhos de produtividade, salvo raras e honrosas exceções.

Tanto assim que a participação do rendimento do trabalho na renda nacional apresentou uma rota de queda significativa, mesmo nos anos de forte crescimento econômico. Por meio século, o rendimento do trabalho, que chegou a representar quase 56% do Produto Interno Bruto (PIB) na década de 1950, decaiu continuamente até o início do século XXI, alcançando o patamar abaixo de 40% do PIB.

Vários motivos contribuíram para isso, como a política salarial de arrocho e o autoritarismo que tolheu a livre negociação coletiva de trabalho entre patrões e trabalhadores durante a ditadura militar (1964-1985). Também durante o regime democrático a partir de 1985, com a fase de superinflação e oscilação no comportamento econômico, tornou desfavorável aos ocupados a negociação coletiva de trabalho.

Com a estabilidade monetária iniciada em 1994, o salário médio real seguiu descolado da evolução dos ganhos de produtividade do trabalho. A adoção de política antilaboral na década neoliberal dos anos 1990, em meio ao contexto de baixo dinamismo econômico e explosão do desemprego, forçou a queda do salário médio real no país.

Mesmo com a mudança de orientação nas políticas econômica e laboral após 2003, o salário médio real só recuperou seu poder aquisitivo a partir de 2005. Contribuiu para isso, a volta do crescimento econômico que permitiu a queda na taxa de desemprego e a elevação do valor real do salário mínimo, ambos favoráveis ao avanço das negociações coletivas de trabalho.

No período de 2004 a 2010 o salário médio recuperou o seu poder aquisitivo em 17,6%. Com isso, o rendimento médio dos trabalhadores passou a ser 1,6% maior do que o recebido em 1995. Na contrapartida, a produtividade do trabalho entre os anos de 2004 e 2010 cresceu 11%. Assim, a produtividade do trabalho de 2010 foi 13,6% maior que a do ano de 1995.

Entre os anos de 1995 e 2004 o salário médio real dos ocupados perdeu 13,6% do seu poder aquisitivo. No mesmo período, a produtividade do trabalho aumentou um pouco, 2,3%.

Em 15 anos de estabilização monetária, o salário real médio do trabalhador foi somente duas vezes (1996 e 2010) superior ao do ano de 1995. Já em relação aos ganhos de produtividade observa-se que eles nunca se apresentaram inferiores ao do ano de 1995.

Não obstante a recuperação real do salário médio dos trabalhadores a partir de 2004, os ganhos de produtividade seguem ainda bem à frente. Entre 1995 e 2004, registra-se que o ganho de 1% na produtividade do trabalho foi acompanhado da queda em 6% do poder aquisitivo do salário médio dos ocupados.

No período de 2004 e 2010 nota-se que para a elevação de 1% na produtividade do trabalho, o salário médio real subiu 1,6%. Em se mantendo essa mesma relação para os próximos anos, somente em 2022 o Brasil teria equilibrado o ganho de produtividade com o salário médio real vigente no ano de 1995.

Nesse sentido, percebe-se que o salário médio pode crescer acima da produtividade, caso exista o objetivo de que o rendimento do trabalho não siga descolado dos ganhos de produtividade no país. Ao mesmo tempo poderia retornar gradualmente ao patamar observado no início da estabilização monetária.

Nos países desenvolvidos, a trajetória do salário médio real não se deu desassociada dos ganhos de produtividade. Pela experiência do segundo pós-guerra, o salário médio dos trabalhadores acompanhou os ganhos de produtividade, permitindo a elevação na participação do rendimento do trabalho até próximo de 80% do PIB.

Mas isso deixou de ser uma verdade durante as duas últimas décadas, quando a adoção generalizada das políticas neoliberais terminou por desviar a evolução real dos salários dos ganhos de produtividade. O descolamento da produtividade tornou decrescente a parcela salarial no PIB, fazendo com que os países ricos voltassem à situação da desigualdade de renda somente comparável à década de 1920, como no caso dos Estados Unidos e Inglaterra.

Na crise do capitalismo global, o Brasil segue destoando da orientação dos países ricos. Não aceita mais a velha receita neoliberal de empurrar a conta da crise para os trabalhadores.

O salário mínimo apresenta ganhos reais, as aposentadorias têm seus valores reais mantidos e as negociações coletivas de trabalho mostram-se favoráveis à evolução do salário médio real dos trabalhadores. Tudo isso no contexto de expansão econômica acompanhada da redução do desemprego, da desigualdade de renda e da pobreza.


Fonte: Valor Econômico ▪ Últimas Notícias

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Mesmo com lucro recorde de R$ 14,6 bi, Itaú fecha 4.058 empregos em 2011

O Itaú anunciou nesta terça-feira 7 lucro líquido de R$ 14,62 bilhões em 2011, o maior da história do sistema financeiro nacional. Mas, na contramão da economia brasileira, que gerou mais de 1,9 milhão de novos empregos no ano passado, o Itaú fechou 4.058 postos de trabalho em 2011.

"A sociedade brasileira não pode aceitar esse absurdo. Como pode uma empresa ter o maior lucro do país, mesmo comprando bancos no exterior, demitir milhares de trabalhadores brasileiros e ainda cortar mais de 4 mil vagas, jogando contra o grande esforço nacional de gerar emprego e renda para fazer frente aos riscos da crise internacional?", questiona Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e funcionário do Itaú.

"Essa é a mais sórdida maneira de concentração de riqueza num país que está entre as dez economias mais desiguais do planeta", critica o dirigente sindical. "Além de reduzir o mercado de trabalho com demissões, o lucro do Itaú é uma afronta a toda a sociedade, uma vez que parte considerável é fruto da cobrança dos juros, dos spreads e das tarifas, que são os mais altos do mundo e que não caem nos bancos, apesar das sucessivas quedas da taxa Selic."

O lucro de R$ 14,6 bilhões do Itaú no ano passado foi 9,74% maior que o resultado de R$ 13,3 bilhões de 2010. A receita com prestação de serviços cresceu 11,39% e as despesas de pessoal aumentaram apenas 7,27% (menos que o índice de reajuste de 9% da campanha nacional do ano passado).

A relação entre as receitas de prestação de serviços e as despesas de pessoal cresceu de 137,34% em 2010 para 142,61% no ano passado. "Ou seja, o Itaú cobre quase uma vez e meia toda a folha de pagamento somente com a cobrança de tarifas dos clientes", critica Carlos Cordeiro.

Clique aqui para ver os principais dados do balanço do Itaú preparados pela subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) na Contraf-CUT.

Com esses números estrondosos, os bancários irão reforçar a mobilização dos trabalhadores para avançar as negociações, que serão retomadas nesta sexta-feira (10), às 15h, em São Paulo. Trata-se da primeira rodada em 2012, que será marcada pela entrega da minuta específica de reivindicações dos funcionários do banco, definida no Encontro Nacional realizado nos dias 14 e 15 de dezembro de 2011.

"A luta pelo emprego é o debate central junto ao Itaú, que tem causado milhares de demissão pelo país afora", avalia Wanderley Crivellari, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, que assessora a Contraf-CUT nas negociações. "A pressão do movimento sindical é por mais contratações e pelo fim da rotatividade", acrescenta.


Fonte: Contraf-CUT

Bradesco credita teto da regra básica e adicional da PLR nesta sexta dia 10

Mais vitória do Movimento Sindical !!! Antecipação da PLR.


Bradesco credita teto da regra básica e adicional da PLR nesta sexta
Os funcionários do Bradesco receberão nesta sexta-feira (10) a segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Em contato com a Contraf-CUT, o banco confirmou que será pago o teto da regra básica e da parcela adicional da PLR.

O Bradesco encerrou 2011 com lucro líquido de R$ 11,19 bilhões, o que representa um crescimento de 14,2% em relação ao resultado do ano anterior (R$ 9,804 bilhões).

Regra básica da PLR

Pela convenção coletiva, cada funcionário deve receber o pagamento da regra básica da PLR (90% do salário mais R$ 1.400, limitado a R$ 7.827,29), com o aumento para o teto de 2,2 salários, limitado a R$ 17.220,04, o que vier primeiro.

Do crédito da regra básica, será descontada a antecipação da primeira parte feita em 2011, equivalente a 54% do salário mais R$ 840, limitado a R$ 4.696,37.

Parcela adicional da PLR

Cada bancário também deve receber o restante da parcela adicional da PLR, cujo valor total é calculado com base na distribuição linear de 2% do lucro líquido de 2011 entre todos os empregados, com teto de R$ 2.800. Esse montante é pago sem desconto nos programas próprios de remuneração variável.

Do pagamento da parcela adicional será deduzida a antecipação feita em 2011, que foi de R$ 1.400.


Fonte: Contraf-CUT ▪ Últimas Notícias

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Empregados voltam a negociar com a Caixa - Reunião permanente será retomada com promoção por mérito e problemas do Ret/PV

Avaliar os resultados dos novos critérios para a promoção por mérito do Plano de Cargos e Salários (PCS) e cobrar soluções para os problemas provocados com a retomada sem planejamento da Ret/PV (retaguarda das agências). Esse será o posicionamento dos integrantes da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) na retomada das negociações permanentes com a direção da Caixa Federal. A reunião acontece na sexta 10, em Brasília.

De acordo com a dirigente sindical Jackeline Machado, que participa das negociações, a discussão da promoção por mérito tem apresentado avanços nos últimos anos. “Vamos averiguar o que conseguimos implantar no ano passado. Essa análise é importante para corrigirmos eventuais problemas, pois nosso intuito é que os critérios sejam cada vez mais aprimorados para evitar injustiças e favorecimentos e para que o maior número possível de trabalhadores possa evoluir na carreira”.

Ela destaca, no entanto, que os debates em torno dos problemas causados com a retomada atabalhoada da Ret/PV pela Caixa, que tem sobrecarregado diversos empregados na rede de agências, deverá tomar grande parte das discussões. “Esse problema deveria ter sido discutido já em dezembro e só não ocorreu porque o representante do banco do setor simplesmente não compareceu à reunião. Agora exigimos que a empresa mude a postura e trate o problema com a seriedade que merece, discutindo com o movimento sindical soluções que passam necessariamente pela agilidade na contratação de mais trabalhadores”, afirma a dirigente.

Outro ponto que deverá ser abordado é o processo eleitoral para representante dos empregados no Conselho de Administração.

Fonte: Seeb S. Paulo

Santander paga PLR e adicional dia 17

Na mesma data também será creditado o Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS)

Os funcionários do Santander terão creditados no dia 17 de fevereiro os valores correspondentes à segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), do valor adicional e do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS). A data foi confirmada pela direção da empresa ao Sindicato na sexta 3.

De acordo com a diretora executiva do Sindicato e funcionária do Santander Rita Berlofa, com os bons resultados do banco apresentados no Brasil em 2011 (R$ 7,8 bilhões) a instituição financeira pode muito bem pagar o teto da PLR e do adicional aos funcionários que correspondem a 2,2 salários e R$ 2.800, respectivamente.

Pelo assegurado no acordo coletivo aditivo, o PPRS não pode ser descontado da PLR da categoria. Além disso, o valor mínimo a ser recebido pelo programa próprio de remuneração não pode ser menor que R$ 1.500.

Contraf-CUT cobra pagamento da segunda parte da PLR aos bancários

A Contraf-CUT enviou nesta quinta-feira, dia 2, carta aos bancos, cobrando o pagamento da segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos bancários. Várias instituições financeiras já publicaram os seus balanços. Conforme a convenção coletiva, o crédito deve ser efetuado até o dia 1º de março.

Na terça-feira, dia 31 de janeiro, o Bradesco e o Santander anunciaram os seus resultados de 2011, com lucros astronômicos de R$ 11,19 bilhões e R$ 7,75 bilhões, respectivamente. O Itaú apresenta os seus números na próxima terça-feira, dia 7, e Banco do Brasil no dia 14. A Caixa Econômica Federal, o HSBC e os demais bancos ainda não informaram a data de divulgação dos seus balanços.

"A melhoria da PLR foi uma das principais conquistas da Campanha Nacional dos Bancários de 2011, ampliando a distribuição dos lucros para os trabalhadores, principais responsáveis pelos ganhos estratosféricos dos bancos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Bancos privados e estaduais

1. Regra básica da PLR

Cada bancário deve receber o restante da regra básica da PLR, cujo valor total corresponde a 90% do salário mais R$ 1.400, limitado a R$ 7.827,29.

Se ao final do pagamento da regra básica, o montante distribuído não atingir 5% do lucro líquido do banco, o valor deve ser aumentado até atingir 2,2 salários, limitado a R$ 17.220,04, o que vier primeiro.

Do pagamento da regra básica, será descontada a antecipação da primeira parte feita em 2011, equivalente a 54% do salário mais R$ 840, com teto de R$ 4.696,37.

2. Parcela adicional da PLR

Cada bancário também deve receber o restante da parcela adicional da PLR, cujo valor total é calculado com base na distribuição linear de 2% do lucro líquido de 2011 entre todos os empregados, com teto de R$ 2.800. Esse montante é pago sem desconto nos programas próprios de remuneração variável.

Do pagamento da parcela adicional será deduzida a antecipação feita em 2011, limitada a R$ 1.400.

Caixa

Cada empregado da Caixa deve receber a regra básica e a parcela adicional da PLR, nas mesmas regras previstas na convenção coletiva.

Além disso, os trabalhadores conquistaram no acordo aditivo o pagamento da PLR Social, que corresponde à distribuição linear de 4% do lucro líquido do exercício de 2011. Do montante será deduzido o valor já antecipado, que foi calculado com base em 4% do lucro líquido obtido no primeiro semestre do ano passado.

Banco do Brasil

Cada funcionário do BB deve receber a PLR semestral, que é composta pela distribuição de 4% do lucro líquido, além dos módulos bônus e Fenaban.