quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Artigo do presidente Vagner Freitas: "Com a CUT, o Brasil é outro"

Artigo do presidente Vagner Freitas: "Com a CUT, o Brasil é outro" A Central Única dos Trabalhadores (CUT) chega aos 29 anos com a mesma independência, capacidade de mobilização, pressão e luta da época do seu nascimento, em 28 de agosto de 1983, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Criada para ser um instrumento de defesa dos direitos da classe trabalhadora e de transformação da sociedade brasileira, a CUT conquista cada vez mais sindicatos de base, participativos, de massa, com ação sindical consistente, organizados a partir do local de trabalho. Este ano, segundo levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego, a CUT é a central sindical mais representativa do país - 36,68% de todos os trabalhadores brasileiros filiados a alguma entidade sindical são representados por um sindicato CUTista. E, se levarmos em consideração apenas as cinco centrais que alcançaram o índice de representatividade estabelecido em Lei, a CUT representa 46,5% dos trabalhadores ligados a sindicatos filiados a uma central. Esses números mostram que estamos no caminho certo para, acima de tudo, garantir a manutenção das conquistas e ampliação dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras. Mais que isso, nos dá a certeza de que estamos cumprindo o nosso papel que é o de dialogar, negociar, fazer a interlocução com os governos ou os empresários, tentar fechar acordos e ir para o enfrentamento quando necessário, ou seja, quando as empresas ou os governos se recusarem a dialogar. A greve dos servidores públicos federais é o exemplo mais recente da capacidade da CUT de dialogar, negociar, trabalhar para resolver conflitos. E isso demonstra outro de nossos acertos de concepção: a autonomia. Sempre nos orientamos pelos preceitos que nortearam a criação da nossa central porque entendemos que a transformação rumo a uma sociedade socialista, justa e igualitária, na qual acreditamos, só é possível com a construção de uma consciência de classe trabalhadora. E nós fazemos a nossa parte. Atualmente, os cursos de formação sindical e política da CUT formam cerca de 5 mil pessoas por ano. Isso sem falar dos cursos oferecidos por sindicatos, federações e confederações CUTistas que também formam lideranças conscientes e preparadas para atuar nos sindicatos, nas comunidades, nas câmaras municipais, assembleias etc. Foi nosso conceito de classe, de cidadania que nos levou às ruas para lutar pela redemocratização do país e nos coloca na linha de frente dos que querem fortalecer e ampliar a nossa jovem democracia, inclusive nos locais de trabalho. Já conquistamos relações de trabalho democráticas em muitos setores da economia, mas queremos ampliar essas práticas democráticas para todas as empresas e instituições do país. Além da luta pela manutenção das conquistas dos últimos anos, por emprego e trabalho decente e pelo destravamento da pauta dos trabalhadores (fim do fator previdenciário, redução de jornada para 40 horas semanais sem redução de salário, regulamentação das Convenções da OIT de número 151, que estabelece o princípio de negociação coletiva no setor público, e 158, contra demissões imotivadas, entre outras) temos vários outros desafios. O mais importante deles é consolidar a CUT como principal interlocutora da sociedade, seja na discussão de políticas públicas ou de investimentos no transporte público, educação, saúde ou segurança. Queremos representar os/as trabalhadores/as de forma ainda mais ampla do que fizemos até agora. E estamos prontos para isso. Ao longo desses quase 30 anos nos capacitamos para participar das decisões sobre os rumos do país como porta-vozes dos trabalhadores e de toda a sociedade. Isto porque a defesa dos direitos dos/as trabalhadores/as exige que assumamos posições firmes e apresentemos propostas não só para os patrões, mas, também, para os legisladores e os gestores públicos. Exige, também, que lutemos por medidas de interesse da classe trabalhadora em todas as esferas de poder. Foi o que fizemos nas marchas pela implementação da política de valorização do salário mínimo - que ajudamos a construir e a aprovar. É o que estamos fazendo para que o governo passe a exigir contrapartidas sociais nos contratos firmados entre a iniciativa privada e os bancos e empresas públicas, apenas para citar algumas das propostas contidas na Jornada pelo Desenvolvimento da CUT, que temos levado para todo o país. Como representantes da maior e mais combativa central sindical do país, queremos e estamos capacitados para influenciar nos rumos do desenvolvimento econômico e social do Brasil. E isso significa que temos de influenciar na disputa por um projeto de nação que contemple o econômico, o social, a distribuição de renda, a promoção de políticas de igualdade de oportunidades, o fortalecimento da organização sindical e a democratização das relações de trabalho, combate à discriminação e o desenvolvimento de políticas efetivas de proteção dos trabalhadores. Nosso trigésimo aniversário será marcado pela determinação da militância e dos dirigentes CUTistas na luta pela concretização das transformações sociais que o Brasil precisa e pela certeza de que a consolidação da democracia é um processo de permanente disputa que vamos encarar com muita unidade. Vagenr Freitas Presidente nacional da CUT

Comando considera 6% insuficiente. Negociação continua nesta quarta

Proposta da Fenaban contém somente 0,7% de aumento real O Comando Nacional dos Bancários considera insuficiente a proposta apresentada nesta terça-feira (28) pela Fenaban, que prevê 6% de reajuste (aumento real de cerca de 0,7%) para todas as verbas salariais, inclusive PLR, além de avanços em relação à saúde, à segurança bancária e à igualdade de oportunidades. As negociações sobre remuneração continuam nesta quarta-feira (29), às 10h, em São Paulo. Na quinta-feira, terão continuidade as discussões sobre saúde do trabalhador e condições de trabalho, como o combate ao assédio moral. "A proposta dos bancos contém avanços nos temas de saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades, mas é insuficiente em relação ao índice de reajuste, ao piso e à PLR, e nada propõe sobre emprego", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Setores da economia menos dinâmicos que o sistema financeiro estão fazendo acordos com aumentos acima da inflação muito maiores do que a proposta dos bancos. Também consideramos imprescindível que sejam contempladas nossas reivindicações de garantia de emprego, de melhoria da PLR e de valorização do piso salarial." Em relação ao emprego, a Fenaban disse que o tema não deve ser incluído na Convenção Coletiva dos Bancários, devendo ser tratado por meio de acordos banco a banco. Assim, a Contraf-CUT enviará nesta quarta-feira carta aos seis grandes bancos nacionais (BB, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC), que empregam mais de 90% da categoria, para cobrar negociações específicas sobre emprego. Os bancários querem mais contratações, fim da rotatividade, proteção contra demissões imotivadas e cumprimento da jornada de 6 horas, entre outras. Combate ao assédio moral Os bancos aceitaram a reivindicação dos bancários de rediscutir o instrumento de combate ao assédio moral previsto na Convenção Coletiva com adesão espontânea para bancos e sindicatos. Para os bancários, esse instrumento precisa ser avaliado, porque é insuficiente e precisa de ajustes. O tema será discutido nesta quinta-feira entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, com a participação de técnicos em saúde dos dois lados. Programa de Reabilitação Profissional Também vai a discussão nesta quinta-feira o Programa de Reabilitação Profissional (PRP). O Comando Nacional questionou os bancos sobre a razão pela qual nenhum deles aderiu ainda ao programa, que está desde 2009 na Convenção Coletiva. Pelo acordo, cuja implementação é opcional, os bancos devem instituir programas de reabilitação, visando assegurar condições para a manutenção ou a reinserção ao trabalho do bancário com diagnóstico de adoecimento, de origem ocupacional ou não. O que está acontecendo na prática é que a grande maioria dos trabalhadores, ao retornarem ao trabalho depois de um determinado período de afastamento, é recolocada no mesmo posto de trabalho que o adoeceu, sem nenhuma mudança nas condições e no ritmo de trabalho. A Fenaban disse que os bancos estão rediscutindo o assunto e apresentarão uma posição sobre a adesão ainda durante o processo de negociação da campanha. Garantia de salário para bancários afastados Também continuam nesta quinta as discussões sobre garantia de salário do bancário no período entre ele receber alta programada do INSS e ser considerado inapto pelo médico do trabalho dos bancos quando do retorno ao trabalho, em que ele fica hoje sem salário. A Fenaban disse que os bancos aceitam pagar o salário durante esse período, assim como nos casos de afastamento entre a licença-médica e a realização da perícia. Também prosseguem na mesma reunião os debates sobre as Sipats. A reivindicação dos bancários é que os bancos informem os sindicatos, com prazo mínimo de 30 dias antes da realização da Sipat, a data, o tema e o local de realização. Projeto-piloto para segurança bancária Os bancos aceitaram a proposta do Comando Nacional de instituir um projeto-piloto conjunto para testar medidas de prevenção contra assaltos e sequestros e melhorar a segurança das agências. Eles propõem escolher uma grande cidade, definir um grupo de trabalho com especialistas em segurança e representantes do Comando Nacional e da Fenaban. A 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Contraf-CUT, com apoio técnico do Dieese, revelou que as ocorrências cresceram 50,48% no primeiro semestre de 2012 e atingiram 1.261 casos em todo país, uma média assustadora de 6,92 por dia. Desses, 377 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos. Os representantes dos bancários também lembraram que já houve 27 assassinatos em assaltos envolvendo bancos, na sua maioria em "saidinhas" de banco, no primeiro semestre de 2012. Em todo ano passado foram 49 mortes. Para combater essa insegurança, o Comando Nacional defende a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros (porta de segurança, câmeras de monitoramento, biombos, vidros blindados, entre outros), além de estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência. Igualdade de oportunidades A Fenaban também concordou com a proposta do Comando Nacional de realizar um novo censo na categoria bancária para avaliar se as medidas em defesa da igualdade de oportunidades, contidas nos planos de ação dos bancos após a divulgação do Mapa da Diversidade, estão produzindo resultados. Pela proposta dos bancos, o novo censo será planejado em 2013 e aplicado no início de 2014. O Comando mostrou aos bancos que os planos de ação que os bancos instituíram unilateralmente não estão produzindo efeitos positivos, uma vez que não há negros nas agências nem programas de encarreiramento das mulheres com critérios objetivos, que evitem discriminações. Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sindicato dos Bancários de Campos aguarda decisão da Fenaban no Dia dos Bancários

O Dia dos/as bancários/as, comemorado em todo o Brasil, hoje, dia 28 de agosto, será marcado com vasta programação pelo Sindicato dos Bancários, em Campos. A categoria espera que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresente uma proposta compatível às reivindicações da Campanha Salarial 2012 – Chega de truques, banqueiros! Após três rodadas duplas de negociação, a Fenaban apresentará hoje ao Comando Nacional dos Bancários. A expectativa dos/as bancários/as é que os bancos, para valorizar o processo de negociações, entreguem uma proposta que contemple aumento real de salário, valorização do piso, PLR maior, garantia de emprego, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança e promoção à igualdade de oportunidades. Segundo o presidente do sindicato, Rafanele Alves Pereira, a soma do lucro líquido dos seis maiores bancos no primeiro semestre de 2012 corresponde a R$ 25,2 bilhões, mesmo usando o truque de fazer provisões para devedores duvidosos de R$ 39,15 bilhões para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 pontos percentuais no período. Reajuste salarial de 10,25% (reposição da inflação mais 5% de aumento real). Reivindicações — Piso salarial de R$ 2.416,38, equivalente ao salário mínimo do Dieese; Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 4.961,25 fixos; Plano de Cargo e Salário (PCS) para todos os bancários; reajuste para R$ 622,00, valor do salário mínimo nacional, para o auxílio-refeição, a cesta-alimentação, o auxílio-creche/babá e a 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição no mesmo valor. Agenda: Missa de Ação de Graças, às 7h, Catedral do Santíssimo Salvador Café da Manhã com a categoria, na sede social do Sindicato, Rua Marechal Floriano, 129/133, Centro Passeata, a partir das 9h30, saindo da sede percorrendo em direção ao maior Centro, onde fica concentrado o maior número de agências.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Notícias da Campanha Salarial dos Bancários

A última rodada (5ª rodada) de negociação entre a CONTRAF e FENABAN, terminou as 15:00 de 22/08/2012. Apesar de aparentemente manter a intransigência costumeira, os banqueiros se propuseram a apresentar uma contraproposta global, ou seja, para todos os pontos apresentados nas reivindicações dos bancários na próxima rodada já marcada. O diferente neste contexto é o otimismo dos representantes dos bancários quanto à possibilidade de apresentação de uma proposta que contemple os anseios da categoria, uma vez que a data proposta pela FENABAN e aceita pelos representantes dos bancários para a nova negociação é o dia 28 de Agosto (dia do bancário). Esperamos que, diferentemente dos anteriores, neste ano os banqueiros negociem com seriedade e desta forma evitem uma greve geral dos bancários.