quinta-feira, 28 de junho de 2012

Fim do fator previdenciário deve ser votado em até dois meses na Câmara

A Câmara dos Deputados deve votar o projeto sobre o fim do fator previdenciário em até dois meses, informou nesta quarta-feira (27) o líder do governo na Câmara, deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), após reunião com os ministros da Fazenda, Guido Mantega; da Previdência, Garibaldi Alves; e de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. "Minha tarefa foi mostrar para os ministros e para a ministra, que os líderes da base manifestaram-se favoravelmente à aprovação da matéria", disse. Os parlamentares querem votar o substitutivo do então deputado Pepe Vargas (PT-RS), hoje ministro do Desenvolvimento Agrário, que estabelece que o trabalhador não terá perdas ao se aposentar quando o somatório da idade e do tempo de contribuição for de 95 anos e 85 anos, para homens e mulheres, respectivamente. Segundo Chinaglia, os ministros ainda estão analisando a proposta. Por esse motivo, uma nova reunião ocorrerá no próximo dia 10 de julho. "O governo levantou números e implicações, por isso nos reuniremos novamente. Além disso, [o governo] negocia com centrais sindicais, isso é ótimo, mas agora vai ter que negociar com sua própria base. [O tema] Está pautado e será votado", comentou. Fonte: Agência Brasil

Diferença entre pacotes de tarifas bancárias chega a 70%

A diferença de valor entre os pacotes padronizados de tarifas bancárias pode chegar a 70%, segundo pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP e divulgada nesta quinta-feira. O menor valor encontrado foi de R$ 10 (Caixa Econômica Federaç) e o maior, de R$ 17 (Safra). A pesquisa comparou as tabelas de serviços prioritários e de pacote padronizado vigentes em 16/05/11 com as praticadas em 16/05/12 em sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander. O levantamento constatou que somente a Caixa reduziu o valor do pacote, que inclui cadastro para início de relacionamento, oito saques por mês, quatro extratos mensais, dois extratos do período referente ao mês imediatamente anterior e quatro transferência entre contas na própria instituição. Banco valor em maio de 2011 valor em maio de 2012 Banco do Brasil R$ 13,50 R$ 13,50 Bradesco R$ 12,50 R$ 12,50 Caixa R$ 15,00 R$ 10 HSBC R$ 13,50 R$ 13,50 Itaú R$ 10,50 R$ 10,50 Safra R$ 17,00 R$ 17,00 Santander R$ 14,00 R$ 14,00 O Procon informou ainda que comparou os serviços prioritários. O Banco do Brasil subiu seis tarifas, sendo a maior variação de 14,81% no depósito identificado. O Bradesco aumentou nove tarifas. O extrato mensal teve a maior variação, de 43,75%. Já o Itaú elevou oito tarifas, com a maior alta de 40,44% para a exclusão do cadastro dos emitentes de cheques sem fundos. Na Caixa, houve uma mudança, com 59,26% de variação na concessão de adiantamento a depositante. HSBC e Santander mantiveram as taxas, enquanto o Safra reduziu cinco e aumentou 16. O consumidor que tiver dúvidas ou quiser fazer uma reclamação deve entrar em contato com o Procon. Entre os canais de atendimento, há a central 151 (só para a capital paulista) e a caixa postal 3050, CEP 01031-970, São Paulo-SP. Fonte: Folha.com

Contraf-CUT negocia saúde com Bradesco, mas resultados frustram bancários

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram nesta quarta-feira (27) o processo de negociação permanente com o Bradesco, cujos temas foram o Saúde Bradesco e o plano odontológico. Mais uma vez, o banco frustrou a expectativa dos bancários. O Bradesco não apresentou proposta concreta sobre as questões do seguro saúde médico e odontológico dos funcionários. O banco afirmou que está estruturando uma proposta e deve chamar nova reunião na próxima semana. Para os dirigentes sindicais, o tema é de extrema importância e exige urgência do banco. Conforme a Resolução Normativa (RN) 254 da Agência Nacional de Saúde (ANS), a partir do dia 4 de agosto, o Bradesco não poderá mais incluir novos funcionários na apólice de saúde vigente. Criada em 1989, essa apólice está defasada em atendimentos como psicológico, psiquiátrico e fonoaudiólogo. Caso o banco não se comprometa a fazer adaptação ou migração para as novas normas, ele terá que abrir uma nova apólice para receber os novos funcionários, o que acabará gerando diferenciação de atendimento entre novos e antigos funcionários. "Esperamos que o banco apresente propostas que venham resolver o problema atendendo assim uma reivindicação antiga da categoria que é a ampliação do rol de atendimento de especialidades não contempladas na atual apólice", afirma Elaine Cutis, diretora da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, órgão que assessora as negociações com o banco. Inclusão de pais e mães no plano de saúde Outro ponto de destaque diz respeito à inclusão de pais e mães no plano de Saúde. Mas o banco reafirmou que essa possibilidade está fora de cogitação. "Isso é um absurdo, pois muitos funcionários possuem seus pais como seus dependentes econômicos, comprometendo o seu salário com o pagamento de planos de mercado", critica Elaine. Manutenção do plano de saúde na aposentadoria As entidades sindicais reivindicaram ainda a manutenção do plano de saúde na aposentadoria nas mesmas condições vigentes para os funcionários na ativa. Mas o banco não mostrou disposição para negociar o tema. "O Bradesco se contradiz. Ao mesmo tempo em que faz discurso de valorização dos bancários, acaba deixando na mão seus funcionários no momento em que mais precisam", ressalta a dirigente sindical. Mais seriedade nas negociações Essa postura intransigente do banco não será aceita pelo movimento sindical. "Cobramos mais seriedade por parte do Bradesco no processo de negociação. Há muito tempo não avançamos em nenhuma das propostas apresentadas, ficando sem solução os problemas dos bancários", conclui Elaine. Fonte: Contraf-CUT