sexta-feira, 30 de agosto de 2013

SINDICATO INTENSIFICA LUTA NO BB NO DIA NACIONAL DE PARALIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA

 Seguindo orientação da CONTRAF/CUT, o Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região intensificou a mobilização dos trabalhadores nesta sexta feira, 30 de Agosto, realizando atividades no Centro Financeiro do Município.

Com o suporte do carro de som, faixas e cartazes a Diretoria do Sindicato retardou a abertura da Principal Agência do BB no Município de Campos, localizada na Praça 4 Jornadas. Os protestos se estenderam por toda a manhã, com esclarecimentos a sociedade sobre a importância da participação popular na Pauta geral de reivindicações dos trabalhadores, defendida pela CUT e demais Centrais Sindicais. Aproveitando o momento, os diretores promoveram reunião com os Bancários lotados nesta agência, informando o frustrante resultado da terceira rodada de negociações específicas entre o Comando Nacional dos Bancários e a Diretoria do Banco do Brasil. Mesmo sofrendo forte pressão dos gestores da Agência para que entrassem, os companheiros resistiram e entenderam que a participação nas atividades do sindicato e a mobilização para uma eventual greve de enfrentamento com os banqueiros será fundamental para um bom desfecho na campanha salarial 2013. O presidente do Sindicato Hugo Diniz, concluiu a reunião no local de trabalho, alertando que os trabalhadores precisam estar engajados no movimento de resistência a aprovação PL 4330, que tramita na CCJ da Câmara e libera a terceirização irrestrita e irresponsável permitindo que os bancos possam inclusive acabar com caixas e gerentes e contratar terceirizados especializados. 




quinta-feira, 29 de agosto de 2013

PARECE PIADA... MAS ACONTECEU! ITAÚ recebe prêmio "Melhores Empresas para Trabalhar"

A Contraf-CUT recebeu com surpresa e indignação a notícia de que o Itaú foi premiado como uma das "Melhores Empresas para Trabalhar", concedido pela Great Place to Work em parceria com a Revista Época. A cerimônia de entrega da condecoração foi realizada no último dia 19, no Espaço das Américas, em São Paulo, com a presença dos principais executivos do banco.


No primeiro semestre de 2013, o resultado foi de R$ 7,055 bilhões, o segundo maior lucro semestral da história dos bancos brasileiros. Esse resultado faraônico contrasta com o emprego no banco. Nos últimos dois anos, conforme dados do balanço, o Itaú eliminou 13.500 empregos. Em junho de 2011, o banco tinha 101.500 funcionários. Já em junho de 2013, esse número caiu para 88 mil, "na contramão da economia brasileira que não parou de abrir vagas no mesmo período", segundo Cordeiro.

Com menos funcionários, as condições de trabalho pioraram ainda mais, aumentando os números de afastamentos por problemas de saúde devidos ao alto nível de estresse e à pressão constante no trabalho. "Como pode uma empresa norte-americana premiar um banco brasileiro que é campeão em demissões e um dos líderes do sistema financeiro em assédio moral e imposição de metas abusivas que adoecem milhares de funcionários?", questiona o presidente da Contraf-CUT Carlos Cordeiro.



Enquanto recebia o prêmio, o Itaú foi condenado pela 44ª Vara do Trabalho de São Paulo a pagar R$ 1 milhão por descumprir normas e diretrizes do Ministério do Trabalho e Emprego que estabelecem requisitos ergonômicos para um ambiente de trabalho saudável aos funcionários. A decisão vale para todos os departamentos e agências localizados no Estado. 

Como se não bastasse, os funcionários estão sofrendo com os horários estendidos de atendimento, baixados unilateralmente pelo banco em centenas de agências de todo país. A mudança trouxe sobrecarga de serviços, impactando no emprego, jornada, organização de trabalho e, principalmente, na qualidade de vida dos trabalhadores, além de fragilizar ainda a segurança de bancários e clientes. "De um dia para o outro, muitos perderam cursos, faculdades e sentiram que sua vida pessoal se transformou num caos", denuncia Cordeiro. "Foi mais uma medida do banco que não combina com uma empresa premiada como entre as melhores para trabalhar", ressalta.


LEIA NA INTEGRA NO LINK DA CONTRAF/CUT >>> http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35548

TRT-SP condena Santander por discriminações contra bancários adoecidos


A 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo condenou o Santander a pagar R$ 5 milhões em ação civil pública movida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo em razão das políticas discriminatórias do banco contra funcionários adoecidos no trabalho. 

A ação tramita em conjunto com outra semelhante ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho, que fez uma longa investigação e comprovou o que diziam os trabalhadores. 

Conforme Maria Leonor, advogada do Sindicato, trata-se de uma decisão em segunda instância e foi unânime, tendo sido publicada na última sexta-feira (23). A relatora foi a desembargadora Maria Isabel Cueva Morais. 

Emissão obrigatória da CAT

"A decisão obriga o banco a não demitir os trabalhadores com suspeita e diagnósticos confirmados de LER/Dort e a abrir a CAT, independente de afastamento. A empresa também deverá reconhecer os atestados médicos emitidos pelos convênios do banco, da rede pública ou particular", enfatiza Leonor.

Para ela, esta questão é fundamental, uma vez que a conduta do Santander nestas situações ofende a liberdade do trabalhador em escolher o melhor tratamento para a sua saúde. 

Retorno ao trabalho

"No acórdão, o Santander fica também obrigado nos casos de afastamento a proceder com o redimensionamento das atividades para que o trabalhador não seja sobrecarregado. Atualmente, as metas continuam as mesmas, apesar da redução de funcionários. Com essa decisão, o banco precisará de um novo procedimento, inclusive os bancários que retomam as suas atividades, para que não sejam obrigados a cumprir sua jornada no mesmo ritmo", explica Leonor. 



Descaso do banco

Segundo a assessora jurídica do Sindicato, a realidade é que os bancários têm vivido há algum tempo uma situação em que ficam doentes em razão das condições de trabalho e em seguida são demitidos. 

"Esses trabalhadores entram no grupo preferencial para demissões. Isso tem acontecido até os dias atuais numa escala muito grande no Santander. O banco recebe atestados médicos de funcionários com LER/Dort e, ao retornarem da licença médica, são submetidos a situações de constrangimento e humilhação, não encontram mais espaço no local de trabalho e são imediatamente demitidos depois que se encerra o período de estabilidade", destaca Leonor.

Pausa para descanso

O acórdão obriga o banco a estabelecer pausas de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados em atividades repetitivas, em especial para os caixas. Essa é uma reivindicação histórica do Sindicato, objeto da campanha "Dez Minutos pra você", explica a advogada. 

Convenções da OIT

A fundamentação da ação foi tomada com base nas Convenções 155 e 161 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), bem como na declaração de direitos humanos e na constituição federal. "Lutamos pela implementação dessas convenções, que os bancos deveriam respeitar com a mesma força da constituição federal, porém são frequentemente violados", conclui Leonor.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Bancos seguem intransigentes e dizem que farão 'proposta global' dia 5

No segundo dia de negociação sobre remuneração,
 nenhuma proposta dos bancos

Os bancos mais uma vez se abstiveram de apresentar qualquer proposta ao Comando Nacional dos Bancários nesta terça-feira 27, em São Paulo, no encerramento da terceira rodada de negociações da Campanha 2013, dedicada ao tema remuneração. Mas anunciaram que apresentarão uma "proposta global" para a pauta geral de reivindicações dos bancários na próxima rodada de negociações, na dia 5 de setembro, às 14h. 

"Queremos que na próxima negociação os bancos tragam propostas sobre os três blocos de negociação, com soluções para as questões de saúde, condições de trabalho, segurança, emprego, igualdade de oportunidades e remuneração", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

"Mas como acontece todos os anos, sabemos que os banqueiros só se movem sob pressão. Por isso é imprescindível que as entidades sindicais intensifiquem a discussão nos locais de trabalho e a mobilização da categoria, não apenas para a Campanha Nacional, mas também para as manifestações convocadas pelas centrais no dia 30 e para a votação do PL 4330 na CCJC da Câmara dos Deputados nos dias 3 e 4 de setembro em Brasília", alerta Cordeiro.

No segundo dia de negociação sobre remuneração, o Comando e a Fenaban discutiram nesta terça-feira PLR e os auxílios refeição, creche, cesta-alimentação e educacional, dentre outras demandas.

FONTE: CONTRAF/CUT

Comando realiza terceira rodada de negociação com a Caixa nesta quinta


O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), realiza nesta quinta-feira (29), às 15h, em Brasília, a terceira rodada de negociação específica da Campanha 2013 com a Caixa Econômica Federal. Estarão em discussão as reivindicações dos empregados sobre carreira, contratações e isonomia. 

A nova rodada acontece após o Dia Nacional de Luta, ocorrido na última quinta-feira (22), definido pelo Comando Nacional a partir da decisão do 29º Conecef, que aconteceu entre os dias 17 e 19 de maio, em São Paulo.

O coordenador da CEE/Caixa e vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, afirma que nas duas primeiras negociações os "nãos" da Caixa às reivindicações específicas se repetiram, indignando os empregados. "Tanto que até agora não houve avanços", salienta.

Segundo ele, nada foi apresentado pelo banco para as demandas sobre saúde do trabalhador, Saúde Caixa, condições de trabalho, aposentados, Prevhab e segurança bancária. Enquanto isso, os empregados continuam sobrecarregados nas agências, situação provocada pela carência de pessoal.

"O balanço da Caixa, que apontou lucro de R$ 3,1 bilhões no primeiro semestre, o que representa crescimento de 10,3% em comparação ao mesmo período do ano passado, mostrou que a empresa continua batendo recordes de lucratividade, não havendo, portanto, qualquer razão para serem recusadas as reivindicações específicas dos empregados. A situação é a mesma em relação ao restante do sistema financeiro nacional", destaca Jair.


"As conquistas que buscamos, no entanto, só virão com a participação ativa dos empregados nas mobilizações das entidades sindicais. Sem unidade nacional e força de pressão, as negociações não avançam", conclui.

Calendário de luta

Agosto

28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e Caixa
29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB
30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro

3 e 4 - Mobilização em Brasília para pressionar deputados contra PL 4330 na CCJC da Câmara
5 - Quarta rodada de negociação entre o Comando e a Fenaban


Fonte: Contraf-CUT

SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE CAMPOS MOBILIZA CATEGORIA COM REUNIÕES NOS LOCAIS DE TRABALHO!

PROSSEGUINDO COM AS ATIVIDADES DA CAMPANHA SALARIAL 2013 A DIRETORIA DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE CAMPOS DOS GOYTACAZES E REGIÃO, UTILIZANDO CARTAZAES E FAIXAS DE MÍDIA, REALIZOU NESTA QUARTA FEIRA, 28/08/2013, PANFLETAGEM, ESCLARECIMENTOS A SOCIADE SOBRE O DISSIDIO DOS TRABALHADORES, RETARDANDO A ABERTURA DAS AGÊNCIAS DO BRADESCO CENTRO, BRADESCO SALDANHA MARINHO, ITAÚ BOULEVARD E ITAÚ LAPA, PARA DESTA FORMA PROMOVER REUNIÃO NOS  LOCAIS DE TRABALHO COM OS BANCÁRIOS LOTADOS NESTAS AGÊNCIAS.  A DIRETORIA SEGUINDO UM PROGRAMA SISTEMÁTICO DE MOBILIZAÇÃO, PASSOU TODOS OS INFORMES SOBRE OS RUMOS DE NOSSA CAMPANHA SALARIAL, INCLUINDO NA PAUTA OS PÉSSIMOS RESULTADOS CONSEGUIDOS NAS MESAS DE NEGOCIAÇÃO ATÉ O PRESENTE MOMENTO. OS COMPANHEIROS ARGUIRAM E FORAM ESCLARECIDOS EM SUAS DÚVIDAS. EM SEGUIDA A DIRETORIA RESSALTOU MAIS UMA VEZ A IMPORTÂNCIA DO ENVOLVIMENTO DE TODOS OS BANCÁRIOS NAS ATIVIDADES DO SINDICATO, DE FORMA A ESTAREM PREPARADOS PARA UMA EVENTUAL GREVE, CASO OS BANQUEIROS SE MANTENHAM  INTRANSIGENTES,  E O PROCESSO NEGOCIAL TERMINE SEM OS AVANÇOS QUE REIVINDICAMOS. A DIRETORIA CONCLUIU A ATIVIDADE LEMBRANDO A RELEVÂNCIA HISTÓRICA QUE REPRESENTA O DIA 28/08 DIA DO BANCÁRIO!

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tarifas bancárias sobem até 83%

Por Malu Damázio, na Rede Brasil Atual:

Sem regulação por parte do Banco Central, as tarifas bancárias têm sofrido altas abusivas. O Instituto de Brasileiro Defesa do Consumidor (Idec) lançou nesta semana um estudo comparativo sobre o comportamento das tarifas nos últimos cinco anos. A pesquisa mostra que, durante esse período, os pacotes bancários sofreram reajustes de até 83%, frente a uma inflação de 32%.

Desde 2008 estão em vigor as resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN) que organizam as cobranças de serviços bancários. As normas visam a facilitar o acesso do cliente à informação sobre as tarifas cobradas nos serviços oferecidos pelos bancos, mas, na prática, não têm evitado altas abusivas, avalia o Idec.

A pesquisa foi feita a partir da análise de extratos bancários de voluntários. Dentre os dados estudados estão o extrato anual de 2012 e o perfil de conta bancária dos consumidores. Com base nisso, o Idec realizou um comparativo entre os pacotes oferecidos pelos bancos e as tarifas avulsas dos seis maiores bancos do país – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú e Santander –, responsáveis por 80% do crédito total.

Segundo a economista do Idec Ione Amorim, “a padronização contribuiu para que os serviços fossem oferecidos de uma forma mais objetiva, com critérios mais claros e transparentes, mas não coibiu as cobranças abusivas”.

Apesar da redução publicizada pelos próprios bancos em tarifas avulsas, o pacote referencial sofreu reajuste entre 13% e 36%. A tarifa de concessão de adiantamento ao depositante, cobrada quando o cliente fica sem crédito, foi a mais cara. A do banco Santander chegou a atingir R$ 51,00.

No período, o pacote referencial da Caixa teve a menor elevação de custo, 13%, passando de R$ 87,65 para R$ 98,70. Já o pacote do Bradesco registrou alta de 36%, de R$ 87,90 para R$ 119,30. O pacote mais caro atualmente é o do HSBC, que passou de R$ 118,50 em 2008 para R$ 143,91 em 2013, uma elevação de 21%.

A falta de informações colocadas à disposição pelos bancos também é um problema elencado pela economista do Idec: “Ou o consumidor paga por um pacote em que não utiliza todos os serviços, ou ele não sabe qual o pacote que tem e usa além. Os bancos não fornecem documentos em que ele pode reconhecer o nome do pacote o valor e os serviços que foram contratados.”

O Código de Defesa do Consumidor assegura que os reajustes não podem ser abusivos, mas, segundo as resoluções do CMN, eles podem ocorrer a cada 180 dias. Para Ione Amorim, o reajuste das tarifas tem de ser feito de modo que acompanhe serviços que são corrigidos anualmente.

Uma nova resolução do CMN, que passou a vigorar no início de julho, determina que os bancos devem ofertar quatro versões dos pacotes padronizados. Em 2008, a média de pacotes girava em torno de seis. Hoje, as instituições financeiras já oferecem uma média de 13 pacotes.

Para o economista Amir Khair, a única solução seria tabelar, por completo, as tarifas bancárias. “O governo federal deve impor ao Banco Central uma tabelação das tarifas. Enquanto os bancos encontram brechas para determinar os valores como querem, a sociedade está desprotegida”, explica.




Apesar dos lucros bilionários, bancos nada propõem sobre remuneração

Terceira rodada de negociação prossegue
 nesta terça-feira 27 em São Paulo
A exemplo das rodadas anteriores, os bancos não apresentaram nesta segunda-feira 26 nenhuma proposta para as reivindicações sobre remuneração apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários, entre elas aumento real de salário, valorização do piso, Plano de Cargos e Salários (PCS), adiantamento do 13º, salário do substituto e vale-cultura. A discussão sobre remuneração prossegue nesta terça 27, às 9h30, incluindo a PLR e os auxílios refeição, creche, cesta alimentação e educacional. 

Ao entrar no tema de remuneração, o Comando Nacional primeiro fez uma rápida análise de conjuntura do sistema financeiro, apresentando dados e fazendo avaliação sobre os lucros crescentes do sistema financeiro, a rentabilidade, a evolução do emprego e dos salários e a concentração de renda no setor, que é ainda maior que no resto da sociedade. 


Produtividade cresce e salário médio cai

O Comando Nacional apresentou estudo do Dieese feito a partir dos balanços dos bancos mostrando que, enquanto o número de bancários por agência diminuiu 5% (de 24,15 para 22,95) entre junho de 2012 e junho de 2013, em razão do enxugamento de postos de trabalho, no mesmo período o lucro líquido por bancário aumentou 19,4%, a carteira de crédito por empregado cresceu 19,8% e o número de conta-corrente por trabalhador passou de 285 para 304 (crescimento de 6,9%).



Mas apesar do aumento da produtividade e dos ganhos reais da categoria com mobilizações e greves, que entre 2004 e 2011 foi de 13,94% no salário e 31,70% no piso, a remuneração média (salário mais verbas fixas) dos bancários diminuiu nesse período. Segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego, a remuneração média da categoria em 2004, deflacionado pelo INPC, era de R$ 4.817,12 . Em 2011 (último ano disponível pela Rais), o valor médio salarial do bancário caiu para R$ 4.743,59 - uma redução de 1,5% no poder de compra dos salários.

"Esse é o principal efeito nocivo da rotatividade nos bancos", acusa Carlos Cordeiro.



A luta é para desconcentrar renda

Para o presidente da Contraf-CUT, lutar por aumento de salário é combater a concentração de renda no país. "Apesar de ser a sexta maior economia do planeta, o Brasil ocupa ainda o vergonhoso 12º lugar no ranking dos países mais desiguais do mundo. E no sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior", ressalta o presidente da Contraf-CUT.

O Comando Nacional também apresentou aos representantes dos banqueiros estudo do Dieese com base no Relatório Social da Febraban mostrando que a distribuição do valor adicionado nos bancos entre acionistas, governo e trabalhadores vem se alterando desde 1999, aumentando a fatia do capital e reduzindo a participação do trabalho. Veja aqui o estudo comparativo.

A concentração de renda pode ainda ser medida por outro ângulo. Segundo trabalho do Dieese com base no Censo de 2010, os 10% mais ricos no país têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico. 

No sistema financeiro a concentração é ainda maior. No Itaú, por exemplo, os executivos da diretoria recebem em média R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 234,27 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsam R$ 5,6 milhões, o que significa 145,64 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que paga R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 129,57 vezes.

Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos e o caixa do Bradesco 9 anos.

Os bancos questionaram os dados apresentados pelo Comando Nacional. Disseram, por exemplo, que a produtividade cresce por causa das novas tecnologias e não em razão do aumento do trabalho bancário. Os dirigentes sindicais retrucaram que os dados são fornecidos pelos próprios bancos ao Caged do Ministério do Trabalho e Emprego, reclamando da falta de transparência das instituições financeiras. Foi definido fazer uma reunião com técnicos do Dieese e dos bancos para discutir os dados até a próxima semana.


leia na íntegra no site da ONTRAF/CUT>>>http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35510

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE CAMPOS MOBILIZA CATEGORIA NO DIA NACIONAL DE LUTAS.

Sindicato em reunião com os bancários informa e debate os
 rumos de nossa campanha salarial

SEGUINDO ORIENTAÇÃO DA CONTRAF/CUT A DIRETORIA DOS BANCÁRIOS DE CAMPOS REALIZOU NESTA QUINTA FEIRA, 22/08/2013 ATIVIDADES NO CENTRO FINANCEIRO DO MUNICIPIO. COM A AJUDA DE CARRO DE SOM, FAIXAS E CARTAZES DE MÍDIA DA CAMPANHA SALARIAL 2013 A DIRETORIA PROTESTOU CONTRA AS SISTEMÁTICAS DEMISSÕES QUE VEM ACONTECENDO NO BANCO SANTANDER, RETARDANDO A ABERTURA DA AGÊNCIA E  PROMOVENDO UMA REUNIÃO COM OS TRABALHADORES, MOMENTO ESTE EM QUE PASSAMOS TODOS OS INFORMES RELACIONADOS A CAMPANHA SALARIAL E O ENFRENTAMENTO DO  MOVIMENTO  SINDICAL  COM O BANCO NO SENTIDO DE CESSAR O PROCESSO DE DEMISSÕES. APROVEITAMOS AINDA PARA MOBILIZAR OS COMPANHEIROS DAS AGÊNCIAS DA CAIXA E BANCO ITAÚ QUE TAMBEM ESTÁ DEMITINDO EM NOSSA BASE. O PRESIDENTE DO SINDICATO HUGO DINIZ, RESSALTOU A IMPORTÂNCIA DA MOBILIZAÇÃO DE TODOS OS BANCÁRIOS NAS ATIVIDADES QUE O SINDICATO PROMOVERÁ E PRINCIPALMENTE A DISPOSIÇAO DOS COMPANHEIROS PARA A LUTA EM NOSSO DISSIDIO COLETIVO.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Reestruturação global reduz lucro e tamanho do HSBC aqui

Lucro em queda, quantidade de agências e volume de ativos estacionados, cada vez menos funcionários. Esse é um quadro que intriga analistas, concorrentes, clientes e até colaboradores do HSBC Brasil. Afinal, o banco está no país desde 1996, quando comprou o falido Bamerindus; é um dos maiores do mundo, mas não incomoda os concorrentes por aqui. No primeiro semestre deste ano, os sinais ficaram mais preocupantes: a rentabilidade caiu de 13,7% para 9,5% e o lucro líquido ficou em R$ 454,6 milhões, 24% menor do que um ano antes, segundo balanço oficial publicado ontem.
No começo do mês, quando divulgou os resultados globais, o HSBC reportou um resultado ainda pior para o Brasil, que indicava queda de 70% no lucro - ao passo em que o lucro mundial crescia 22%. Considerando os critérios internacionais de contabilidade, a participação do Brasil nos negócios do HSBC caiu de 5,5% no primeiro semestre de 2012 para 1,3% no mesmo período deste ano.
O resultado semestral do HSBC caiu 24%
Os ativos totais do banco encerraram o semestre em R$ 144,5 bilhões, praticamente no mesmo nível de junho de 2011, quando o novo presidente mundial do conglomerado, Stuart Gulliver, assumiu prometendo mudanças - o que inclui a venda de negócios que não estejam dando retorno atraente (este seria, por exemplo o caso da financeira Losango no Brasil, segundo analistas). De lá para cá, o número de agências do HSBC Brasil continuou estável em 867, mas cerca de cinco mil funcionários foram demitidos - no final de junho, eram 19,9 mil.
O processo de encolhimento continua despertando muitas hipóteses a respeito do futuro do banco - e algumas parecem fazer sentido, embora o banco não confirme. Na semana passada, fontes que preferiram não se identificar disseram que o HSBC estaria saindo do varejo e focando em operações de atacado; que fecharia agências e demitiria ainda mais funcionários; e que mudaria a sede de Curitiba para São Paulo.
João Rached, diretor de relações institucionais do banco, negou os rumores, e disse que há uma constante preocupação com treinamento e qualificação de funcionários, e investimentos crescentes em tecnologia. “O Brasil segue a estratégia global, e nada mudou desde que Gulliver deu as novas orientações, há dois anos. Inclusive, elas foram reafirmadas em maio último”, disse. O texto que acompanha o balanço relativo a 2011 diz que o HSBC Brasil havia iniciado “um processo de ajustes de sua estrutura local, objetivando aumento de eficiência operacional, que ocasionou a revisão de suas equipes internas e a decisão de descontinuidade ou cancelamento de certos sistemas desenvolvidos internamente”.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Nova ação unitária pela pauta da classe trabalhadora

Ultimando os preparativos para o 30 de agosto, Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, as centrais sindicais decidiram em reunião na sede da CUT Nacional, nesta segunda-feira (19), ampliar a convocação de norte a sul do país priorizando a luta pelo fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 semanais e combate ao Projeto de Lei 4330, da terceirização.

Na avaliação das centrais, a conjuntura é favorável à manifestação, que dá continuidade aos protestos, passeatas e greves realizadas no 11 de junho, e potencializa a cobrança da pauta da classe trabalhadora. 

A agenda de reivindicações inclui ainda a luta pelos 10% do PIB para a Educação; 10% do Orçamento da União para a Saúde; transporte público e de qualidade/mobilidade urbana; valorização das aposentadorias; reforma agrária e suspensão dos leilões de petróleo.



REFORMA AGRÁRIA, JÁ!

Membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues condenou a postura do governo federal que "nem desapropria terra nem senta com o movimento". "Temos 80 mil famílias acampadas que necessitam ter prioridade nesse momento. Nos somamos à manifestação das centrais sindicais bastante animados de que o aumento da pressão vai abrir caminho para os avanços que o nosso povo e o Brasil precisam", acrescentou.



PROTAGONISMO DA CLASSE

De acordo com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), "construída na luta, a pauta unitária dos trabalhadores tem repercutido positivamente junto às bases e contribuído para que o papel do movimento sindical seja valorizado na mesa de negociação". Juruna lembrou que, apesar da campanha dos grandes conglomerados de comunicação para inviabilizar ou diminuir o protagonismo da classe trabalhadora na luta por mudanças, a ação unificada tem rendido frutos e demonstra a correção da iniciativa.

O secretário geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Pascoal Carneiro, relatou da grande receptividade que a convocação do 30 de agosto vem tendo pelo país, citando a assembleia realizada recentemente na capital baiana, "onde há muita disposição de parar para colocar o país nos trilhos". "O sentimento é de greve no dia 30 em defesa de um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, combatendo a precarização e o retrocesso".

Representando a Intersindical, Edson Carneiro (Índio) reiterou o papel da caminhada conjunta, com unidade na diversidade, para fazer a pauta avançar. "O processo que o país está vivendo não é sindical, mas político, o que reforça a importância da pressão por mudanças na política econômica, como o fim do superávit primário. Queremos inverter a lógica do que beneficia o grande capital rentista, o agronegócio e as empreiteiras", frisou Índio.

A luta contra a precarização das relações de trabalho, apontou o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, deve ser amplificada, "tanto no setor privado quanto público". "A lei 8666 que dispõe sobre a contratação direta significa contratação via preço, o que representa trabalho mais barato, precário. Esta é uma questão que precisa ser alterada com urgência", defendeu.

Em nome da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Luiz Gonçalves (Luizinho), enfatizou o compromisso de "parar aonde for possível no próximo 30 de agosto". "O volume do nosso protesto é essencial para mostrar que o movimento sindical está engajado em buscar o resultado das nossas negociações, a melhoria das relações de trabalho e o desenvolvimento do país", concluiu.

Caixa rejeita reivindicações específicas e Comando reafirma mobilização


A Caixa Econômica Federal segue dizendo "nãos" para as reivindicações da pauta específica dos empregados, entregue pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, à direção do banco no fim de julho. 

Na segunda rodada de negociações específicas da Campanha Nacional 2013, realizada nesta segunda-feira (19), em Brasília, os representantes da Caixa rejeitaram as demandas sobre a Prevhab, as questões relativas aos aposentados e a maioria dos itens da minuta em relação à segurança bancária. O debate a respeito do tema da Funcef, que constava também na pauta, ficou para a próxima reunião, com pré-agendamento para o dia 29.

A empresa, que na rodada anterior em 9 de agosto, já havia recusado as reivindicações sobre saúde do trabalhador, Saúde Caixa e condições de trabalho, desta vez rejeitou também demandas vitais para os empregados, como a recomposição do poder de compra dos benefícios dos aposentados e pensionistas e a extensão do auxílio-alimentação e da cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas, além do pagamento de abonos e PLR, com o custo arcado pela Caixa. 


Foi reivindicada ainda a criação de um programa de renegociação de dívidas pela Caixa, de modo a permitir a junção de valores devidos tanto à Caixa quanto à Funcef em até 120 meses com taxa de juros que viabilize o seu pagamento, sem comprometer a sobrevivência dos aposentados e pensionistas. Em resposta a esse item, a Caixa afirmou estar fazendo um estudo de educação financeira para posteriormente avaliar caso a caso.


Segurança bancária

No debate sobre segurança bancária, o Comando Nacional defendeu a elevação do valor da indenização por assalto/sinistro para o equivalente a 100 salários mínimos calculados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 

Foi cobrada ainda a instalação de divisórias entre os guichês e penhor, a instalação de biombo que impeça a visualização das operações efetuadas nos caixas pelo público, a proibição do atendimento prévio na parte externa das unidades e a abertura de agências somente com a aprovação do plano de segurança pela Polícia Federal.

A Caixa informou que 95% de suas agências pelo país estão certificadas em conformidade de segurança, esclarecendo que as áreas de autoatendimento estão sendo devidamente monitoradas.

O Comando cobrou ainda da Caixa a obrigatoriedade de apresentação de relatório para as entidades sindicais e representativas dos empregados sobre ocorrências de assaltos, furtos e outros delitos registrados em agências do banco e correspondentes bancários.



Mobilização nesta quinta

Diante da intransigência da Caixa, Jair considera a mobilização a melhor resposta dos empregados. Ele convoca os trabalhadores do banco a participarem do Dia Nacional de Luta nesta quinta-feira (22), como forma de pressionar a Caixa a garantir que as próximas rodadas de negociações específicas sejam produtivas. 

Passeatas também estão sendo organizadas pelos sindicatos em todo o país, a fim de chamar cada bancário e bancária pra luta e esquentar a pressão sobre os bancos.

Para o coordenador da CEE-Caixa e vice-presidente da Fenae, "os avanços na negociação com a empresa só virão com a participação dos empregados em reuniões nos sindicatos e locais de trabalho, aumentando o envolvimento com a Campanha 2013. Portanto, os empregados da Caixa devem somar-se aos demais bancários para, juntos, enfrentarem a intransigência patronal e arrancarem novas e mais conquistas".

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Empregados da Caixa realizam dia de luta e ampliam mobilizações no dia 22


Na próxima quinta-feira (22), os empregados da Caixa Econômica Federal realizam Dia Nacional de Luta e irão reforçar as manifestações com passeatas da categoria em todo país, dentro do calendário de mobilização da Campanha Nacional dos Bancários 2013. 

O dia nacional de luta na Caixa foi aprovado pelo 29º Congresso Nacional dos Empregados (Conecef), ocorrido entre os dias 17 e 19 de maio, em São Paulo, e data foi definida na reunião do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT.

Para Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e vice-presidente da Fenae, os empregados da Caixa do Brasil inteiro precisam estar unidos e coesos com os trabalhadores de outras instituições financeiras, de modo a conquistar avanços tanto na mesa geral com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) quanto na mesa da pauta específica com a Caixa.

Segundo Jair, o tema das condições de trabalho será uma das prioridades das negociações específicas da campanha deste ano. O objetivo, nesse caso, é acabar de uma vez por todas com a sobrecarga de trabalho nas unidades, pondo fim à frequente e desnecessária extrapolação da jornada, "situação recorrente devido ao aumento da demanda e à falta de empregados. A luta do movimento nacional dos empregados é para que a direção da Caixa aumente a média de trabalhadores por agência".

Negociações com a Caixa

A segunda rodada de negociação específica entre representantes dos empregados e da direção da Caixa será no dia 19 de agosto, próxima segunda-feira. A primeira reunião, que debateu saúde e condições de trabalho, ocorreu na sexta-feira (9), sem o registro de qualquer avanço.

Bancário quer Cassi e Previ para todos, contratações e fim do assédio moral

Primeira rodada de negociações
 foi sobre saúde e condições de trabalho

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, abriu nesta quarta-feira 14 a mesa de negociação das reivindicações específicas com o BB, em Brasília, expressando o forte desejo dos trabalhadores de que as discussões sejam eficazes e que a empresa apresente propostas concretas para cada tema. 

O Comando propôs que o primeiro eixo a ser debatido fosse sobre saúde, previdência e condições de trabalho, uma vez que grande parte das reivindicações entregues ao banco está relacionada ao assédio moral e violência organizacional e à cobrança de metas abusivas, que têm trazido sérias ameaças à saúde física e mental dos bancários, e também à carreira profissional. 

"As condições de trabalho e o nível de adoecimento e afastamentos ou uso de remédios tarja preta nunca foram tão grandes na história do banco", disse na mesa de negociação William Mendes, diretor de Formação da Contraf-CUT e da Comissão de Empresa.



Lucro recorde permite atender reivindicações

A primeira rodada de negociação das reivindicações específicas ocorreu um dia depois de o BB anunciar o lucro líquido semestral de R$ 10 bilhões, o maior da história do sistema financeiro nacional.



Fim da discriminação é possível com Cassi e Previ pra todos

O resultado mostra o quanto é injustificado o BB discriminar ainda cerca de 15 mil funcionários em relação ao direito de usufruir a assistência médica da Cassi, bem como de terem os mesmos direitos que os mais de 100 mil funcionários beneficiários da previdência complementar da Previ.

A Contraf-CUT demonstrou na revista O Espelho nº 269 (março/13) que um dos motivos para a direção do banco não incorporar os bancários egressos de outros bancos aos direitos da Cassi e Previ é economizar às custas de tratamento diferenciado aos funcionários.

Enquanto um bancário contratado diretamente pelo BB custaria 175 mil pela Cassi - cálculo feito com salário de R$ 5 mil, com 30 anos de banco e 30 anos de expectativa de vida após aposentadoria -, um bancário oriundo da Nossa Caixa paulista custaria R$ 87 mil e um do Besc R$ 58 mil pelas regras dos planos das instituições incorporadas. 

"Essa é uma das questões. É inadmissível dois funcionários da mesma empresa, fazendo a mesma coisa, sob o mesmo regulamento e um deles não tendo direito ao plano de saúde Cassi durante a vida laboral e após a aposentadoria," critica William Mendes.



Plano de funções tem que ser revisto e gratificações aumentadas

O lucro do BB também demonstra o absurdo que foi a implantação unilateral do plano de funções em janeiro deste ano, que reduziu os salários e as gratificações de funções. O objetivo da direção do banco foi reduzir custos de pessoal à base de retirar direitos conquistados em campanhas salariais dos bancários. Enquanto isso, a direção do banco aumentou o passivo trabalhista em 14% nos últimos 12 meses, indo a três bilhões de reais. 

"Esses números de demandas judiciais se referem à eficiência de gestão ou gestão temerária? E o passivo de demandas cíveis como, por exemplo, danos morais e ações semelhantes, que cresceu 44% no último ano, indo a 5,7 bilhões?", questiona o dirigente.



BB diz ter boa expectativa com negociações

Nesta primeira rodada, o banco comentou o bom resultado do semestre também. Afirmou que ele é fruto de sua força de trabalho e das estratégias corretas adotadas pela empresa e governo.
A empresa espera que as mesas de negociação tragam avanços sobre os temas debatidos.

Em relação à questão de incorporação dos funcionários egressos de outros bancos, acha que as partes têm que aprofundar estudos sobre os números dos fundos e reservas das entidades incorporadas de saúde e previdência.

Sobre a cobrança enfática das entidades sindicais sobre as metas abusivas e as formas de cobrança delas, o banco afirmou não concordar também com cobranças indevidas ou violentas. Disse que isso não é orientação da empresa. Mas sinalizou que a mesa pode aprofundar a questão.

Cláusulas de saúde e fim dos descomissionamentos

O tema saúde será retomado na próxima mesa de negociação, na próxima semana.

A cláusula 11 da minuta trata de diversos direitos sobre saúde ocupacional e a cláusula 32 refere-se à conquista contra os descomissionamentos imotivados. 

"Todo ano o banco faz ameaças de retirar a cláusula, mas o que nós queremos são avanços e não retrocessos. Em relação à saúde ocupacional, deixamos claro que problemas de saúde e seus efeitos são responsabilidade do banco e não da Cassi", afirma William.



Demais questões

As entidades sindicais voltaram a cobrar a reclassificação das faltas de luta contra o plano de funções e o PL 4330, porque o banco está classificando como faltas não abonadas e não justificadas.

Também foi cobrado do BB que dê posse efetiva ao conselheiro representante dos trabalhadores no Conselho de Administração do banco porque o processo foi finalizado no semestre passado e o funcionalismo cobra pela agilidade no processo.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Banco do Brasil desbanca Itaú e tem maior lucro da história dos bancos

POIS É, A CUSTA DA EXPLORAÇÃO, DESCOMISSIONAMENTOS ARBITRARIOS, PRÁTICAS ANTISINDICAIS, ASSÉDIO MORAL...etc, etc, etc...


O Banco do Brasil (BBAS3), maior instituição financeira da América Latina, teve o maior lucro líquido da história dos bancos no país, com ganhos de R$ 10,03 bilhões no 1º semestre. Os dados são da consultoria Economatica.

Com isso, o BB desbanca o Itaú Unibanco entre os maiores lucros de bancos privados no país. O lucro de R$ 7,055 bilhões do Itaú Unibanco no 1º semestre é, agora, o segundo maior entre os bancos do país. 

Nos últimos quatro anos, o Itaú havia registrado os maiores lucros da história dos bancos brasileiros no primeiro semestre.



O banco informou ainda que manteve a política de distribuir 40% do lucro líquido aos acionistas (cerca de R$ 4 bilhões no 1º semestre).

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil encerrou junho em R$ 638,628 bilhões, expansão de 7,7% ante março e de 25,7% em 12 meses. Os destaques do período foram as carteiras pessoa jurídica e de agronegócios, que registraram aumentos em 12 meses de 28,8% e 32,8%, respectivamente.

Ao final de junho, o BB ampliou sua liderança em crédito no sistema financeiro nacional, atingindo 20,8% de participação de mercado.

Os empréstimos destinados à pessoa física totalizaram R$ 161,550 bilhões no segundo trimestre, aumento de 15,9% em doze meses e de 3,3% sobre março, respondendo por 25,3% da carteira de crédito do banco.

Já os recursos destinados às pessoas jurídicas somaram R$ 300,142 bilhões, com elevação de 28,8% e 5,4%, respectivamente. Esse segmento responde por 47,0% da carteira de crédito total do BB.

Os ativos do Banco do Brasil alcançaram R$ 1,21 trilhão no primeiro semestre de 2013, crescimento de 15,5% em 12 meses, favorecido principalmente pela expansão da carteira de crédito.

O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (RSPL) no conceito ajustado do BB ficou em 16,4% ao final de junho ante 21,2% visto um ano antes.

O banco também divulgou retorno de 51,8% contra 21,4% em um ano, impactado pela alienação das ações da BB Seguridade. O BB encerrou o segundo trimestre com patrimônio líquido médio de R$ 64,721 bilhões, montante 6,4% superior ao visto em igual intervalo de 2012.