quinta-feira, 29 de agosto de 2013

PARECE PIADA... MAS ACONTECEU! ITAÚ recebe prêmio "Melhores Empresas para Trabalhar"

A Contraf-CUT recebeu com surpresa e indignação a notícia de que o Itaú foi premiado como uma das "Melhores Empresas para Trabalhar", concedido pela Great Place to Work em parceria com a Revista Época. A cerimônia de entrega da condecoração foi realizada no último dia 19, no Espaço das Américas, em São Paulo, com a presença dos principais executivos do banco.


No primeiro semestre de 2013, o resultado foi de R$ 7,055 bilhões, o segundo maior lucro semestral da história dos bancos brasileiros. Esse resultado faraônico contrasta com o emprego no banco. Nos últimos dois anos, conforme dados do balanço, o Itaú eliminou 13.500 empregos. Em junho de 2011, o banco tinha 101.500 funcionários. Já em junho de 2013, esse número caiu para 88 mil, "na contramão da economia brasileira que não parou de abrir vagas no mesmo período", segundo Cordeiro.

Com menos funcionários, as condições de trabalho pioraram ainda mais, aumentando os números de afastamentos por problemas de saúde devidos ao alto nível de estresse e à pressão constante no trabalho. "Como pode uma empresa norte-americana premiar um banco brasileiro que é campeão em demissões e um dos líderes do sistema financeiro em assédio moral e imposição de metas abusivas que adoecem milhares de funcionários?", questiona o presidente da Contraf-CUT Carlos Cordeiro.



Enquanto recebia o prêmio, o Itaú foi condenado pela 44ª Vara do Trabalho de São Paulo a pagar R$ 1 milhão por descumprir normas e diretrizes do Ministério do Trabalho e Emprego que estabelecem requisitos ergonômicos para um ambiente de trabalho saudável aos funcionários. A decisão vale para todos os departamentos e agências localizados no Estado. 

Como se não bastasse, os funcionários estão sofrendo com os horários estendidos de atendimento, baixados unilateralmente pelo banco em centenas de agências de todo país. A mudança trouxe sobrecarga de serviços, impactando no emprego, jornada, organização de trabalho e, principalmente, na qualidade de vida dos trabalhadores, além de fragilizar ainda a segurança de bancários e clientes. "De um dia para o outro, muitos perderam cursos, faculdades e sentiram que sua vida pessoal se transformou num caos", denuncia Cordeiro. "Foi mais uma medida do banco que não combina com uma empresa premiada como entre as melhores para trabalhar", ressalta.


LEIA NA INTEGRA NO LINK DA CONTRAF/CUT >>> http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35548

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