sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Pesquisa aponta desigualdade salarial entre homens e mulheres

Uma pesquisa realizada recentemente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em parceria com o Dieese aponta que os bancos brasileiros desvalorizam força de trabalho feminina e que a desigualdade salarial entre homens e mulheres deste setor econômico está aumentando cada vez mais. Os dados são da 9ª Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) e foi baseada nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. O estudo aponta que as mulheres começam a trabalhar recebendo uma diferença de até 24,06% a menos que os homens.
Os dados referentes ao primeiro trimestre de 2011 mostram que as mulheres começam ganhando, em média, R$ 2.004,21. Já os homens recebem – pelas mesmas funções – o equivalente a R$ 2.639,32. Outro ponto destacado pela pesquisa foi a diferença salarial referente ao desligamento de funcionários. As mulheres desligadas saíram das funções com rendimento médio de R$ 3.410,41, valor 27,41% inferior ao dos homens, que é de R$ 4.697,90.
De acordo com a diretora para questões da Mulher da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Iracini da Veiga existe uma mesa temática permanente com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) para discutir e propor alternativas a fim de diminuir cada vez mais essas distorções. “Neste mês de agosto a Fenaban apresentará aos representantes sindicais os resultados do Programa de Valorização da Diversidade. O projeto foi precedido pelo Mapa da Diversidade, pesquisa que comprovou que as mulheres são metade da categoria e que ganham 30% menos que os homens. Queremos saber o que foi feito para mudar este cenário real da categoria”, falou Iracini.

Nenhum comentário:

Postar um comentário