terça-feira, 10 de maio de 2011

número 98 - maio 2011

Análise dos atuais componentes
da inflação no Brasil


O estudo pretende complementar a Nota nº 94 “Inflação e juros: é necessário mudar o rumo do debate”, publicada em janeiro de 2011, e mostrar que a causa da subida recente de alguns preços não está, necessariamente, ligada aos salários.

Existe uma clara resistência do setor empresarial em relação à política de recuperação do valor do salário mínimo. No seu entendimento, os salários deveriam ser negociados livremente no mercado e refletir a produtividade média dos setores produtivos e, no limite, da economia. Se essa convicção fosse verdadeira e aplicada ao longo de nossa história, o salário mínimo teria um poder aquisitivo muito superior ao que tem hoje.

Não há dúvidas que a valorização do mínimo é positiva e, na crise econômica de 2008/2009, funcionou como um dos pilares na sustentação do nível da demanda agregada e da dinâmica do mercado interno que, naquele período, evitou que a crise mundial tivesse um maior impacto na economia brasileira.

Apesar de expressivo crescimento, o salário mínimo no país ainda é muito baixo. Consegue adquirir pouco mais que o valor de 2 cestas básicas pesquisadas pelo DIEESE, o que é muito pouco se confrontarmos com o que prevê a Constituição Federal. Evidente que as micro e pequenas empresas são as que mais se ressentem com reajustes do salário mínimo, uma vez que são intensivas em mão de obra e seu nível salarial gira em torno do mínimo, embora este seja, em seu valor real, um salário de subsistência.

Apesar da expressiva recuperação do poder aquisitivo do salário mínimo desde 2001, em 2010 e 2011 houve queda em seu poder aquisitivo, portanto, redução de seu valor real. Esse decréscimo ocorre justamente no lapso de tempo em que a inflação mostra sinais de recrudescimento. Pode-se afirmar que, ao longo de sua existência, o salário mínimo foi vítima da inflação, não sua causa.

Veja a íntegra do trabalho aqui ou direto no site do DIEESE: www.dieese.org.br.





Escritórios Regionais: Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe

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