segunda-feira, 1 de abril de 2013

Contraf-CUT avança debate sobre SIPAT e PCMSO com Fenaban


Primeira mesa temática de Saúde do Trabalhador em 2013
Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT
A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram na última quinta-feira (28) com a Fenaban a mesa temática de Saúde do Trabalhador, em São Paulo. Os debates avançaram em dois pontos: avaliação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e questões sobre a Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT).

Em relação ao PCMSO, ficou definido entre Contraf-CUT e Fenaban o objetivo de os debates continuarem nas próximas reuniões para se encontrar um mecanismo negociado de avaliação do programa, tendo em vista a melhoria do atendimento, a prevenção dos adoecimentos e a promoção da saúde. "O tema voltará a ser debatido na próxima reunião. Acordamos que será um processo de construção", avisa Walcir Previtalle, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

Em relação à SIPAT, o movimento sindical reivindica que os bancos se comprometam a informar os/as trabalhadores/as e os sindicatos, com antecedência mínima de 30 dias, sobre a realização, assim como local, data e tema que será abordado. "A Fenaban se comprometeu a avaliar a proposta e apresentar uma posição na próxima reunião", aponta Walcir.

Atestados médicos


Os bancos insistem na política de revisão, recusa ou contestação de atestados médicos quando apresentados pelos/as trabalhadores/as nas agências ou departamentos. "Nossa reivindicação é o fim da prática discriminatória de 'classificação de atestados médicos'", afirma o dirigente da Contraf-CUT. 

"Mas a Fenaban se recusou a discutir o tema", critica Walcir. "Não vamos desistir de colocar em pauta um assunto tão caro aos trabalhadores/as", enfatiza.

Metas abusivas

Outro ponto que a Fenaban se recusou a debater foi em relação às metas abusivas. "O argumento utilizado pelos bancos é o de que cabe a cada gestão, exclusiva do banco, definir quais são as metas", relata Walcir. 

"O que questionamos é que as metas são estabelecidas de cima para baixo, e os/as trabalhadores/as, os responsáveis pelos cumprimentos de tais metas, ficam totalmente fora de qualquer tipo de decisão", protesta o dirigente da Contraf-CUT.

"Do nosso ponto de vista, o problema não está na meta em si, mas nas formas de pressão sobre os/as trabalhadores/as para que cumpram metas abusivas. É importante criar condições objetivas de trabalho para que bancários/as possam atingir as metas com tranquilidade e, quando não atingirem, que seja democraticamente avaliado", pondera Walcir. "Vamos continuar pressionando para que o tema volte à mesa de negociação", afirma. 

Pausa de 10 minutos a cada 50 trabalhados

A Fenaban se recusou a levar em conta a proposta do movimento sindical de pausa de 10 minutas a cada 50 minutos trabalhados. Durante a Campanha Nacional de 2012, ficou definido entre a Contraf-CUT e a Fenaban que seriam analisadas as estatísticas de adoecimento da categoria, de modo a ter instrumentos para averiguar quais funções são mais afetadas pelas LER/Dort. 

"Queremos a abertura pelos bancos de informações sobre o adoecimento e afastamentos dos/as trabalhadores/as", defende Walcir.

A Fenaban considera a existência de micro pausas e minipausas no processo de trabalho bancário como suficientes. "Os bancos se recusam a discutir nossa proposta", salienta o dirigente da Contraf-CUT.

Prisma

Os bancos apresentaram a proposta de reativação do programa Prisma. Trata-se de um convênio entre bancos e INSS que coloca postos do instituto em suas dependências para prestar serviços previdenciários, em casos de afastamento de trabalho. "Ficamos de avaliar a proposta e apresentar um posicionamento na próxima reunião", ressalta Walcir. 

"Apesar de a Fenaban ter negado discutir algumas das propostas apresentadas pelo movimento sindical, consideramos a mesa temática um importante espaço de diálogo e fundamental para o processo negocial", conclui o dirigente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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