quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Poesia de Greve



Autor - Tomaz de Aquino
Lá na cidade de Deus
Que mais parece um inferno
Fica a sede do Bradesco
Banco que se diz moderno
Mas recorre ao interdito
Instrumento medieval
Para acabar com a greve
Direito mais que legal
"Presença" ele se intitula
Tirando uma de bonzinho
Que diz atender a todos
Do ricaço ao pobrezinho
Na verdade o que ele almeja
e busca a todo vapor
é o rico dinheirinho
do barão, do camelô
Prá continuar explorando
O povo e a categoria
inventa tarifa nova
E meta prá todo dia
Demite trabalhador
Faz bancário de vigia
Cobra trabalho noturno
De olho na mordomia
Agora em tempo de greve
Afronta a democracia
Em conchavo com a justiça
Pratica estripulia
Impedindo o Sindicato
De chegar perto da agência
Prá realizar seu trabalho
Com harmonia e decência
Lucrou quase 4 bi
Só no primeiro semestre
Encheu as burras de novo
Isso sempre acontece
Paga piso miserável
Lucro não quer repartir
E o direito de greve
Agora quer coibir
Mas bancário não é besta
População também não
Prá engolir a conversa
Fiada de tubarão
Com o Sindicato do lado
Vamos partir afiados
Prá buscar o que é nosso
Honrar o nosso quinhão
A greve se mantém forte
E vai ficar muito mais
Quando os bancários e o povo
Mandarem esse Caifás
Que atende por "Presença"
Sem peso na consciência
Sem carta de indulgência
Pros braços de Satanás
Vou terminar minha prosa
Pedindo à população
Que apóie a justa luta
Dos bancários da Nação
Que querem o Banco pro povo
Com crédito de baixo custo
Sem fila e sem enganação
Pagando salário justo.
Fonte: Contraf-CUT, com Seeb Ceará - Texto publicado em 05 de Outubro de 2011

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